Substituição parcial de agregado miúdo por lodo de esgoto no concreto
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Data
2022-12-07
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Engenharias
Modalidade de acesso
Acesso fechado
Editora
Autores
Meggiotto, Ingrid Yuri
Kim, Rafael Jin Sup
Lima, Júlio Rafael
Duarte, Nathália Guariente
Brambilla, Lucas Ribeiro
Orientador
Salvador, Renan Pícolo
Coorientador
Resumo
Este estudo objetivou compreender como um material orgânico age como agregado miúdo em um traço genérico de concreto, sendo esse material o lodo de esgoto (LE) proveniente de uma ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), que são gerados a partir da biomassa microbiana que decanta durante o processo de tratamento do esgoto bruto. O LE tem sua problemática, a quantidade gerada de lodo de esgoto cresce proporcionalmente ao aumento dos serviços de coleta e tratamento de esgo-to, que, por sua vez, deve acompanhar o crescimento populacional. Em média, es-tima-se que cada ser humano produza cerca de 120 g de sólidos secos diários lan-çados nas redes de esgoto. A preocupação com o descarte correto do lodo de esgo-tos é algo relativamente recente no Brasil. Até poucos anos, a única referência ao lodo nos projetos das ETEs, após o tratamento, era uma seta e as palavras “disposi-ção final”, sem identificar onde seria o descarte e nem como seria feito, sendo as formas mais utilizadas do descarte da torta de lodo em aterros sanitários, e o descar-te do lodo líquido, bombeado através de dutos até alto-mar. Com isso, utilizamos de pequenas porcentagens do LE para substituir o agregado miúdo (areia), como novo método de reuso do LE, e com base no conhecimento adquirido ao longo do curso realizar ensaios para verificar viabilidade e as possibilidades desse material na construção civil, tornando uma obra mais sustentável. A metodologia aplicada ao estudo foi uma pesquisa experimental, primeiro levantando as propriedades do LE, como massa específica, umidade, granulometria, perda ao fogo, absorção de água e massa unitária, para depois moldar os corpos de prova com substituição de 5%, 10%, 15% e 20% do agregado miúdo pelo lodo, para realização de ensaios de resis-tência a compressão axial e a tração por compressão diametral. Os resultados obti-dos, em geral, a substituição do agregado miúdo por um material orgânico impacta nas suas resistências iniciais e mais tardias também. Quanto maior a porcentagem de LE adicionado ao concreto maior o impacto negativo em suas resistências. O com 0% de LE as resistências iniciais e finais obtidas foram as esperadas, em média 18,32 MPa. Na substituição com porcentagem de 20%, a média foi 3,03 MPa.
Palavras-chave
Lodo de esgoto, Material de construção, Agregado miúdo, Concreto, Sustentabilidade