“Lugar de louco é onde ele quiser”: contribuições das estratégias de reabilitação psicossocial para o enfrentamento do sofrimento psíquico severo e persistente

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Data

2019

Tipo de documento

Artigo Científico

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Área do conhecimento

Ciências Humanas

Modalidade de acesso

Acesso embargado

Editora

Autores

Quadros, Rochele Nascimento

Orientador

Lopes, Ana Maria Pereira

Coorientador

Resumo

Resumo: O modelo de Atenção Psicossocial no âmbito da saúde mental no Brasil faz confronto à lógica manicomial, e é considerada uma grande conquista da Reforma Psiquiátrica. Nesse sentido os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) estabelecem o papel de prestar serviços substitutivos aos manicômios, considerando e atendendo os sujeitos em sofrimento psíquico em todas as suas dimensões: biológicas psíquicas e sociais. Na linha de inclusão social do “louco”, este que conta com um histórico cultural e social, onde os laços são rompidos e o mesmo é excluído socialmente, as Estratégias de Reabilitação Psicossocial são dispositivos que visam remodelar a presença da loucura no convívio com a sociedade, a favor da saúde mental. Tendo em vista que há muito a avançar em relação às práticas de saúde mental que realmente promovam desisnstitucionalização, objetivou-se identificar como as estratégias de Reabilitação Psicossocial contribuem para o enfrentamento do sofrimento psíquico severo e persistente de usuários do CAPS-II de Florianópolis. Levou-se em consideração a perspectiva dos próprios usuários. De modo específico buscou-se identificar os tipos de estratégias de Reabilitação Psicossocial utilizadas pelo CAPS-II; os potencializadores para a atividade do CAPS a partir da Associação dos usuários e identificar de que forma estas estratégias contribuem para os sujeitos em sofrimento psíquico severo e persistente. Assim, foi realizada uma pesquisa qualitativa, de cunho exploratório, delineada como estudo de caso. Para tanto, realizou-se entrevistas semiestruturadas com cinco usuários da Associação Alegre Mente que é uma estratégia de Reabilitação Psicossocial do CAPS-II de Florianópolis. Os resultados obtidos demostram que estas estratégias são fatores que asseguram a cidadania, a inclusão em diferentes contextos sociais, e ainda são fortalecedoras de vínculos sociais. Ainda, foi possível perceber que as atividades do CAPS e da Associação dos usuários estão articuladas, deste modo, acabam por fortalecer as estratégias de Reabilitação Psicossocial. Deste modo, considerou-se que a partir de ações que de fato inclua o “louco” nos meios sociais desisnstitucionalizando-o é que se estabelece um serviço substitutivo ao modelo manicomial que está ao encontro da saúde mental.

Palavras-chave

Sofrimento Psíquico Severo e Persistente, Reabilitação Psicossocial, Inclusão Social, CAPS, Clínica Ampliada

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