Influência da história familiar positiva da doença de Parkinson em parâmetros hemodinâmicos e autonômicos de adultos jovens sedentários vs. fisicamente ativos

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Data

2023-04-28

Tipo de documento

Dissertação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso embargado

Editora

Autores

Mello-Silva, Fernanda Queiroz

Orientador

Sanches, Iris Callado

Coorientador

Scapini, Katia Bilhar

Resumo

A disfunção autonômica cardiovascular é uma manifestação não-motora frequente na doença de Parkinson (DP). No entanto, nos últimos anos, a comunidade médica e científica tem direcionado seu principal interesse para o tratamento dos sintomas motores em pacientes com DP. Paralelamente a essa abordagem, foi observado que indivíduos com histórico familiar positivo de hipertensão e/ou diabetes apresentam comprometimento precoce na modulação autonômica cardiovascular. Apesar dessas constatações, o conhecimento acerca da influência da história familiar de doença de Parkinson na modulação autonômica cardiovascular dos descendentes ainda é escasso. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi analisar a influência da história familiar de Doença de Parkinson sobre parâmetros hemodinâmicos e autonômicos cardíacos em adultos jovens ou fisicamente ativos. Para isso, foi utilizada uma amostra não-probabilística com 21 indivíduos de ambos os sexos (18 a 54 anos) divididos em 2 grupos: controle (C, n=10), e com história familiar positiva de DP de 1º grau e 2° grau (HFP, n=11). De forma online, foi avaliada a história familiar de DP e o nível de prática de atividade física (questionário IPAQ) e, então, foram criados subgrupos: fisicamente ativo (CA e HFPA) e inativo (CS e HFPS). Após isso, os indivíduos foram avaliados presencialmente em uma única bateria de testes, onde foram realizadas medidas de peso, estatura e composição corporal, pressão arterial em repouso e após mudança de posição (teste gravitacional), modulação autonômica cardíaca durante 30 minutos de repouso, e durante e após o Teste de estresse mental (stroop test). Os dados foram analisados através ANOVA, com post-hoc de Tukey (p<0,05). Os resultados demonstram que indivíduos com HFP de DP apresentaram prejuízo parassimpático e diferenças na função autonômica cardiovascular em comparação com aqueles sem história familiar de DP (C). Contudo, quando os participantes foram divididos com base no nível de atividade física, verificou-se que os indivíduos com HF de DP fisicamente ativos (HFPA) apresentavam menor pressão arterial diastólica em relação aos inativos (HFPS). Esses achados sugerem que a prática regular de atividade física pode ter um impacto benéfico na modulação autonômica cardiovascular e na saúde cardiovascular em indivíduos com HF de DP, atenuando o prejuízo parassimpático e melhorando a função cardiovascular. Em conclusão, este estudo destaca a importância da hereditariedade e do estilo de vida ativo na modulação autonômica cardiovascular de indivíduos com HF de DP. Os achados reforçam a necessidade de estratégias preventivas e terapêuticas que incluam a prática regular de atividade física para a melhoria da saúde cardiovascular e autonômica desses indivíduos.
Cardiovascular autonomic dysfunction is a common non-motor manifestation observed in Parkinson's disease (PD). However, in recent years, the main interest of the medical and scientific community has been focused on the treatment of motor symptoms in patients with PD. Alongside this approach, it has been noted that individuals with a positive family history of hypertension and/or diabetes experience early impairment in cardiovascular autonomic modulation. Despite these findings, knowledge regarding the influence of a family history of Parkinson's disease on cardiovascular autonomic modulation in descendants remains limited.Therefore, the aim of this study was to analyze the influence of family history of Parkinson's disease on hemodynamic and cardiac autonomic parameters in young or physically active adults. To this end, a non-probabilistic sample of 21 individuals of both sexes (18 to 54 years) was used, divided into 2 groups: control (C, n=10), and with a positive family history of PD of 1st and 2nd degree (HFP, n=11). Online, family history of PD and level of physical activity (IPAQ questionnaire) were assessed, and then subgroups were created: physically active (CA and HFPA) and inactive (CS and HFPS). After that, individuals were evaluated in-person in a single battery of tests, where measurements of weight, height, and body composition, resting blood pressure and after position change (gravitational test), cardiac autonomic modulation during 30 minutes of rest, and during and after the mental stress test (stroop test) were performed. Data were analyzed using ANOVA, with Tukey's post-hoc (p<0.05). The results show that individuals with HFP of PD exhibited impaired parasympathetic function and differences in cardiovascular autonomic function compared to those without a family history of PD (C). However, when participants were divided based on their physical activity level, it was found that physically active individuals with a family history of PD (HFPA) had lower diastolic blood pressure compared to inactive individuals (HFPS). These findings suggest that regular physical activity practice may have a beneficial impact on cardiovascular autonomic modulation and cardiovascular health in individuals with a family history of PD, attenuating parasympathetic impairment and improving cardiovascular function. In conclusion, this study highlights the importance of heredity and an active lifestyle in the cardiovascular autonomic modulation of individuals with a family history of PD. The findings reinforce the need for preventive and therapeutic strategies that include regular physical activity practice for improving the cardiovascular and autonomic health of these individuals.

Palavras-chave

Modulação autonômica, Doença de Parkinson, História familiar

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