Estudo comparativo entre técnicas de analgesia no pós-operatório de histerectomias abdominais
Carregando...
Data
2017
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências da Saúde
Modalidade de acesso
Acesso embargado
Editora
Autores
Roussenq, Danielle Souza
Orientador
Bianchini, Ney
Coorientador
Resumo
Justificativa e Objetivos: A dor em histerectomias abdominais abertas, acaso não tratada, pode ser considerada de moderada a severa nas primeiras 24 horas de pós-operatório. Vários métodos são usados para o manejo da dor no pós-operatório, portanto, não existe um acordo universal sobre o seu melhor gerenciamento. Este artigo teve como objetivo realizar estudo comparativo entre as técnicas de analgesia no pós-operatório de pacientes submetidas à histerectomia aberta, no Hospital Nossa Senhora da Conceição e Hospital Socimed, no período compreendido entre janeiro de 2014 e maio de 2017.
Método: Este é um estudo observacional com delineamento transversal, que analisou as técnicas de analgesia no pós-operatório de 110 pacientes submetidas à histerectomia aberta. Foram analisados dados coletados pelos pesquisadores a partir de registros feitos pela equipe do Serviço de Anestesiologia do HNSC e Hospital Socimed, composta por médicos e residentes, em fichas de controle de dor (anexo A), em pacientes submetidas à analgesia pós-operatória sob o método de PCA endovenoso, PCA peridural ou cateter peridural, no período compreendido entre janeiro de 2014 e maio de 2017, no Hospital Nossa Senhora da Conceição e Hospital Socimed.
Resultados: O efeito colateral de maior incidência no primeiro pós-operatório foi náuseas e/ou vômitos, referido por 20,9% pacientes. Prurido foi referido por 10%, enquanto que depressão respiratória foi referida em apenas 0,9%. A incidência de efeitos colaterais se reduziu no segundo pós-operatório, sendo que náuseas e/ou vômitos foi referido por 10,9% das pacientes, e prurido por apenas 2,7%. Não houve caso de depressão respiratória no segundo pós-operatório. A média de dor relatada em nosso estudo de acordo com EVA foi de 2,67 no 1º PO, considerada dor leve. Já no 2º PO a média caiu para 1,31. Pacientes que foram submetidas à analgesia pós-operatória pelo método de cateter peridural apresentaram mais náuseas e/ou vômitos, apresentando valor com diferença estatisticamente significativa (p = 0,025) em relação àquelas pacientes em uso de PCA endovenoso ou peridural.
Conclusões: As três técnicas de analgesia analisadas no presente estudo garantiram um baixo nível de dor pós-operatória, classificada como dor leve na EVA, sem diferença estatística entre os grupos, o que demonstra um controle de dor eficaz no pós-operatório de histerectomias abdominais. Além disso, restou evidenciado que 52% das pacientes que foram submetidas à analgesia pós-operatória via cateter peridural apresentaram mais náuseas e/ou vômitos no 1º pós-operatório, apresentando valor com diferença estatisticamente significativa (p = 0,025).
Palavras-chave
Analgesia controlada pelo paciente, PCA, Cateter peridural, Histerectomia, Analgesia