Protocolo de Cuidados ao Neonato com Cardiopatia Congênita Hospitalizado

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Data

2023-07-01

Tipo de documento

Artigo Científico

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Santos de Medeiros, Thais
Almeida Rosaneli, Alice
Gomes de Moura, Thais
Silva Nascimento, Aline

Orientador

Scholler de Castro Villas Boas, Alisson

Coorientador

Resumo

Introdução: Conceitua-se como cardiopatia congênita (CC) a malformação, ocasionada ainda no período embrionário, que acomete de modo funcional e estrutural a funcionalidade do coração. Estas são ordenadas em consonância com sua fisiopatologia, podendo ser classificadas como cianóticas ou acianóticas. Objetivo: Elaborar um plano de cuidados ao neonato com cardiopatia congênita hospitalizado, enfocando os diagnósticos e respectivas intervenções de enfermagem. Material e métodos: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, utilizando as bases de dados Pubmed e BVS com os descritores: ‘’neonato’’, ‘’cuidados de enfermagem’’, ‘’cardiopatias congênitas’’, ‘’planejamento de assistência ao paciente’’ e ‘’terminologia padronizada em enfermagem’’. O recorte temporal escolhido foram estudos dos últimos 5 anos. Utilizou-se também a literatura North American Nursing Diagnosis Association (NANDA), Nursing Interventions Classification (NIC) e Nursing Outcomes Classification (NOC), bem como documentos da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Pediatria e American Heart Association. Resultados/Discussão: De acordo com os achados, foram aplicados 16 diagnósticos de enfermagem, os quais envolvem cuidados beira-leito, diagnósticos de riscos, neurodesenvolvimento e centralização da família como ponto fundamental para o melhor prognóstico. Perante os estudos selecionados e em consonância com a NANDA, foi possível identificar 16 diagnósticos aplicáveis: 1)Dinâmica de alimentação ineficaz; 2)Prontidão para amamentação aprimorada; 3)Padrão respiratório ineficaz; 4)Troca de gases prejudicada; 5)Ventilação espontânea prejudicada; 6)Risco de hipotermia; 7)Risco de hipetermia; 8)Função cardiovascular prejudicada; 9)Risco de diminuição do débito cardíaco; 10)Risco de diminuição da perfusão do tecido cardíaco; 11)Risco de choque cardiogênico; 12)Posição prejudicada; 13)Risco de lesão por pressão infantil; 14)Risco de integridade da pele prejudicada; 15)Risco de atraso no desenvolvimento infantil; 16)Paternidade prejudicada. As propostas de intervenção seguiram as recomendações NIC, assim como os objetivos esperados foram baseados em NOC. Assim, as intervenções permearam a monitorização dos SSVV, aplicação de estratégicas para conforto do RN; cuidados para prevenção de riscos e inclusão dos pais como cuidadores primários durante o período de hospitalização. Ainda, a correlação entre CC, hospitalização e neurodesenvolvimento do RN são abordadas na literatura estrangeira, estabelecendo codependência entre os cuidados prestados durante a hospitalização como atenuantes para o risco de disfuncionalidades durante o desenvolvimento. Outro ponto de discussão tange ao uso da ecocardiografia, a qual apresenta finalidades de utilização distintas quando comparado estudos nacionais e internacionais, principalmente europeus. No Brasil, o uso do exame é um dos principais meios para diagnóstico das cardiopatias congênitas, enquanto estudos, sendo um italiano e outro norueguês, abordam a utilização deste para melhor avaliar a questão hemodinâmica, não fazendo menção ao diagnóstico de CC. Considerações finais: Durante a hospitalização, fica evidente que o recém-nascido cardiopata requer cuidados personalizados de acordo com suas necessidades, os quais devem abranger as esferas físicas, preventivas e ambientais, centralizando a família como membro ativo durante o processo da aplicação dos cuidados prestados, uma vez que o vínculo, principalmente do binômio mãe-filho, auxilia no melhor prognóstico do neonato.

Palavras-chave

Neonato, Cuidados de enfermagem, Cardiopatias congênitas, Planejamento de assistência ao paciente, Terminologia padronizada em enfermagem

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