Efeitos agudos do treinamento de força com diferentes níveis de pressão de restrição do fluxo sanguíneo e de alta intensidade sobre as respostas cardiovasculares e perceptuais em homens adultos

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Data

2021

Tipo de documento

Dissertação

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Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso fechado

Editora

Autores

DE OLIVEIRA, ROQUE

Orientador

Laurentino, Gilberto

Coorientador

Resumo

Nas últimas décadas, o treinamento de força com restrição do fluxo sanguíneo (TFRFS) tem ganhado destaque com aplicação nas áreas da reabilitação clínica, no esporte e em pesquisas que tem como objetivo promover o aumento na massa muscular e da força em diferentes populações. Embora o TFRFS realizado em baixas intensidades (20 a 50% de 1RM) tem induzido adaptações neuromusculares similares ao treinamento de força de alta intensidade (TFAI - ≥ 70% de 1RM), os estudos sobre as respostas cardiovasculares (CDV) e perceptuais desse modelo de treinamento tem apresentado resultados conflitantes. Além disso, existe uma preocupação sobre os efeitos do TFRFS sobre o reflexo pressor do exercício (metaborreflexo muscular) e a resposta CDV aumentada. A divergência desses estudos pode ser em parte atribuída ao uso de pressões de restrição do fluxo sanguíneo de forma arbitrária. O objetivo desse estudo foi investigar as respostas agudas cardiovasculares, perceptuais e reflexa muscular ao TRFRS com diferentes níveis de pressão de restrição e o TFAI. Participaram deste estudo 22 homens (29,1 ± 9,0 anos; 79,4 ± 14,2 kg; 1,75 ± 0,1 m), com experiência mínima de 6 meses em treinamento de força. Após as sessões de familiarização, os participantes completaram quatro protocolos de treinamento de força, de forma aleatória, no exercício de flexão e extensão do cotovelo do braço dominante, separados por no mínimo 48h entre eles. Foram eles: 20% de 1RM com 40% da pressão de oclusão (POCL) (20/40), 20% de 1RM com 80% da POCL (20/80), 20% de 1RM com 120% da POCL (20/120) e 70% de 1RM (70/0). As medidas de frequência cardíaca (FC), da pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM), da pressão de oclusão (POCL) e do duplo produto (DP) foram realizadas antes e imediatamente após o exercício. A resposta pressora reflexa ao exercício (RPRE) foi medida antes e após 30 min a realização dos protocolos de treinamento. A percepção subjetiva de esforço (PSE), de dor (PSD) e a percepção subjetiva de afeto (PSA) foram mensuradas ao final dos protocolos. A FC aumentou após todos os protocolos, sem diferença entre eles. A PAS e a PAM foram maiores em 20/120 e 70/0, enquanto a PAD foi maior em 20/120 e o DP foi maior em 70/0. A POCL aumentou somente em 20/120 e foi superior a todos os protocolos. A RPRE aumentou em todos os protocolos sem diferença entre eles. A PSE aumentou em todos os protocolos, porém, 20/120 e 70/0 foram maiores que os outros protocolos. A PSD foi maior em 20/80 e 20/120, enquanto a PSA foi menor em 20/120 seguido por 20/80. Podemos concluir que o estresse cardiovascular e a percepção subjetiva de esforço foram maiores nos protocolos de treinamento de força com pressão de restrição suprasistólica e de alta intensidade. A maior percepção de dor e menor afeto (desprazer) foram observados nos protocolos com maiores níveis de pressão de restrição. No entanto, a reatividade pressora reflexa muscular não diferiu entre os protocolos.

Palavras-chave

treinamento com oclusão vascular, metaboreflexo muscular, hemodinâmica;, manguito de pressão, pressão individualizada

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