A automedicação associada ao consumo de bebidas alcoólicas: um panorama brasileiro

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Data

2024-06

Tipo de documento

Artigo Científico

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Área do conhecimento

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

FERREIRA, Ana Clara Alves

Orientador

SANTOS, Keylla Gomes dos

Coorientador

Resumo

Na sociedade brasileira, onde o consumo de álcool está profundamente enraizado na cultura, destaque-se uma questão complexa: a automedicação associada ao consumo de álcool. Esse fenômeno, muitas vezes negligenciado, e normalizado acarreta riscos substanciais à saúde tanto no curto quanto no longo prazo. Apesar da relevância do tema, existem poucos estudos dedicados à automedicação nesse contexto, carecendo de uma análise epidemiológica aprofundada. Dessa forma, este artigo visa preencher essa lacuna por meio de uma revisão bibliográfica da literatura, onde foram coletados dados epidemiológicos sobre a prevalência da prática da automedicação e do consumo de bebidas alcoólicas no Brasil, estes que foram posteriormente processados por meio de cálculos probabilísticos de interseção. Os resultados indicam que mais de 55 milhões de brasileiros consomem álcool e se automedicam, representando mais de 39% da população ativa. Essa convergência de comportamentos representa um risco significativo para a saúde pública, especialmente considerando os tipos de medicamentos utilizados e as motivações para essa prática. Compreender a automedicação relacionada ao consumo de álcool é crucial para desenvolver estratégias de prevenção eficazes, promover o uso racional de medicamentos e minimizar os riscos associados, além de incentivar uma abordagem mais consciente em relação ao consumo de álcool.
In Brazilian society, where alcohol consumption is deeply ingrained in the culture, a complex issue emerges: self-medication associated with alcohol consumption. This often overlooked and normalized phenomenon poses substantial health risks both in the short and long term. Despite the importance of this topic, there are few studies dedicated to self-medication in this context, lacking a thorough epidemiological analysis. Therefore, this article aims to fill this gap through a literature review, collecting epidemiological data on the prevalence of self-medication and alcohol consumption in Brazil, which were subsequently processed using probabilistic intersection calculations. The results indicate that over 55 million Brazilians consume alcohol and self-medicate, representing more than 39% of the active population. This convergence of behaviors constitutes a significant public health risk, especially considering the types of medications used and the motivations for this practice. Understanding self-medication related to alcohol consumption is crucial for developing effective prevention strategies, promoting the rational use of medications, minimizing associated risks, and encouraging a more conscious approach to alcohol consumption.

Palavras-chave

Automedicação, Consumo de álcool, Epidemiologia

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