Análise da evolução e das causas da inflação brasileira durante o período pandêmico de 2020 até 2022.

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Data

2022-12-16

Tipo de documento

Monografia

Título da Revista

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Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências Sociais Aplicadas

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Rodrigues, Thiago Galeati
Pereira, Gabriela Carvalho
Braga, Giovanna Baldoino
Lima, Wellington Barboza de
Pereira, Thiago Henrique Piza

Orientador

Costa, Gilberto Fernandes da

Coorientador

Resumo

A pandemia da COVID-19 assolou o mundo e suas economias e fez urgir diversas medidas restritivas que pudessem conter e erradicar a crise sanitária sem a ocasião de uma crise econômica enquanto consequência. No entanto, o contrário foi observado durante o período de 2020 até a segunda metade de 2022 - sendo este o período de abrangência da presente pesquisa -, fazendo se instaurar uma crise econômico-sanitária, marcada pela diminuição da produção mundial, excesso de demanda por determinados bens, elevação de gastos públicos e como principal exemplo e objeto de estudos, a alta inflacionária durante o período em questão, tendo sido esta resultado, inicialmente, ocasionado pelos impactos fiscais ocorridos em 2020: gastos do governo para a preservação sanitária; a depauperação dos estoques estratégicos de alimentos que vinham ocorrendo desde 2016, mas que ganhou força com a crise pandêmica e a defasagem da oferta e gerou um aumento de cerca de 30% no índice agregado de preços de alimentos; ou ainda a vigência da PEC dos combustíveis em 2022, visando a redução artificial dos preços dos combustíveis em detrimento do congelamento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), provocando uma tensão e uma potencial alta inflacionária para os próximos anos, conforme a Fundação Getúlio Vargas (FGV, 2022), que prediz que em 2022 o país continuará observando níveis elevados de inflação, com projeções de 7,7% para o IPCA, aproximadamente três pontos percentuais acima do teto da meta. Portanto, com base nesses panoramas que conduziram os rumos da crise econômica no país ao longo desses dois anos de análise, principalmente os fenômenos associados a inflação, objetivou-se, através de análises conjunturais do período - subdivididas em trimestres, muito mais como forma de adequação aos boletins fornecidos pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) do que como metodologia - e revisões de literatura especializada para fins de adequação histórica, delimitar as possíveis causas inflacionárias dos diferentes períodos (2020, 2021 e até o terceiro trimestre de 2022), como a já mencionadas pressões fiscais ocorridas pelas medidas de contenção em 2020 ou mesmo a alta das exportações e choques de oferta, como a subida do preço do petróleo no mercado internacional, e valorização do câmbio, ocorridas em períodos mais recentes, entre março de 2021 até o período mais recente de 2022, além da intensificação do setor de serviços com a volta da atividade econômica mundial. Logo, mesmo nesse breve panorama, é lógico apresentar que os preços dos bens e serviços atrelados a produção, choques de oferta, e aumento dos preços dos produtos necessários, básicos para o consumo das famílias, foram as características majoritariamente presentes na inflação brasileira durante boa parte do período pandêmico. Em suma, conclui-se que uma inflação de custos é o termo que melhor conseguiria abarcar conceitualmente os fenômenos inflacionários ocorridos durante o período de estudos do trabalho.

Palavras-chave

Pandemia, Inflação de custos, Causas inflacionárias

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