Rodas de conversa sobre a gestão escolar democrática e a educação física escolar: um diálogo necessário pós pandemia

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Data

2023-04-04

Tipo de documento

Tese

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Brito, Rafael de

Orientador

Marques, Bruna Gabriela

Coorientador

Resumo

A Gestão Escolar Democrática (GED) tem como um de seus pilares o diálogo aberto e horizontal, fator que aproxima todos os atores envolvidos no processo social, pedagógico e administrativo da unidade escolar. Neste ambiente, a Educação Física Escolar (EFE) tem o mesmo valor social e pedagógico que é aferido aos demais componentes curriculares. Com a pandemia causada pelo vírus da COVID-19, ocorreu o isolamento social e este fenômeno impactou diretamente o procedimento pedagógico convencional, resultando em perdas consideráveis no processo de ensino-aprendizagem. Documentos orientadores da Rede Municipal de Educação de São Bernardo do Campo e a pressão por bons resultados nas avaliações externas, com forte apelo tecnicista, sugerem redução das abordagens da EFE e ampliação de carga horária nos demais componentes curriculares. Diante deste contexto, se faz necessário problematizar como a gestão escolar democrática organizará suas ações em prol da participação de todos (gestão, corpo docente e discente, funcionários e comunidade) nos projetos pedagógicos e culturais acerca da EFE. Assim, essa investigação teve por objetivo colaborar para a reflexão das práticas e compreender como os atores sociais têm se organizado na continuidade das ações de gestão democrática na EFE pós pandemia. A investigação teve como proposta metodológica um estudo qualitativo do tipo descritivo, com abordagem participativa e aconteceu na Escola Municipal de Ensino Básico (EMEB) Professor Florestan Fernandes, localizada em São Bernardo do Campo/SP. Participaram do estudo voluntários de ambos os gêneros organizados em três grupos, sendo: - G1 (Gestão Escolar): formado por Diretora, Vice-Diretora e Coordenador Pedagógico;- G2 (Profissionais da docência): duas professoras e um professor de Educação Física; - G3 (Estudantes): divididos em representantes do primeiro ciclo do ensino fundamental I (1o ao 3o ano) e representantes do segundo ciclo do ensino fundamental II (4o e 5o ano). A produção de dados contou com o desenvolvimento de três encontros de rodas de conversa orquestrados por uma proposta pedagógica democrática e dialógica. Os dados produzidos foram conduzidos à análise de codificações, separada em três etapas, sendo dois ciclos principais e uma etapa intermediária. A primeira etapa é a codificação In Vivo, inicialmente atribuída aos blocos de dados criados pelo pesquisador a partir das vozes dos participantes. Em seguida, os códigos foram agrupados em códigos mais abrangentes, dando sequência ao processo de codificação. O passo posterior foi o intermediário, a tematização dos dados, resultado do processo inicial de codificação. O segundo ciclo de codificação, que partiu dos resultados do primeiro ciclo, após o processo intermediário de tematização dos dados, foi mais detalhado, com exigência de maior habilidade analítica do pesquisador e visa classificar, priorizar, integrar, sintetizar, abstrair, conceitualizar. A pesquisa se mostrou relevante para problematizar e tentar compreender as diversas possibilidades de manter ou até mesmo de ampliar as ações da Educação Física Escolar em um momento atípico, pós pandemia, em que os documentos oficiais reforçam cobranças relacionadas aos conteúdos de outros componentes curriculares em detrimento da, não menos importante, EFE, componente curricular que precisa ter sua relevância reconhecida na formação do ser completo, auxiliando no desenvolvimento de corpos conscientes.

Palavras-chave

Gestão Escolar Democrática, Educação Física Escolar, Diálogo

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