Do litoral ao mar aberto: a devastação e as (des)coordenadas do feminino
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Data
2021
Tipo de documento
Monografia
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Humanas
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Martins Fernandes, Mariana
Orientador
Silva, Beatriz
Coorientador
Resumo
Este artigo tem a proposta de buscar articulações entre os pensamentos de Freud e de Lacan a respeito da feminilidade e da devastação. A psicanálise se empenha em indagar sobre a particularidade de um gozo especificamente feminino, cuja principal característica é a impossibilidade de simbolização. Em Freud, nos debruçamos na teorização sobre o falo e à construção da diferença sexual, como estruturante do psiquismo. Freud define a relação mãe e filha como catastrófica, ao passo que Lacan, ao retomar os postulados freudianos, afirma que esta se trata mesmo de uma devastação, que pode se atualizar no campo das parcerias amorosas. Assim, em ambas as teorias, tanto na freudiana quanto na lacaniana, a relação de uma menina com sua mãe se mostrará de fundamental importância para os futuros relacionamentos amorosos de uma mulher. Partindo da premissa de que, mesmo nos casos em que a menina renuncia à mãe, substituindo-a pelo pai, permanece um resto que nunca será superado, pergunta-se: diante do que resta, há saídas para a devastação? Conclui-se que é possível um saber-fazer, ao consentir que o que se busca na mãe ela não pode dar - não porque não tem, mas porque nela também falta.
Palavras-chave
psicanálise, feminino, feminilidade, devastação