O papel dos diversos segmentos sociais no genocídio dos povos indígenas Laklãnõ/Xokleng na Colônia Grão-Pará, entre os séculos XIX e XX
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Data
2020
Tipo de documento
Monografia
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Humanas
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Szlachta, Tatiane Soethe
Orientador
Guimarães, Geovan Martins
Coorientador
Resumo
The present work starts from the need for a history that recognizes the participation of several subjects, giving space to those who for a long time were marginalized or simply excluded from the official history. In this sense, we propose to evaluate the role of the various social segments in the genocide of the Laklãnõ / Xokleng indigenous peoples in the Grão-Pará colony, between the 19th and 20th centuries, by describing the context of pre-colonial occupation on the southern slope of the Serra Geral de santa Catarina, discussion of the colonization process in Santa Catarina during the 19th and 20th centuries, examination of the reports of contacts and conflicts between settlers and Laklãnõ / Xokleng indigenous people in the territory of the Colony Grão-Pará and the analysis of the measures taken within the scope of the Colony Grão-Pará regarding the presence of indigenous people. Through a bibliographic and documentary research, the research pointed out that before European colonization, the territory of Colony Grão-Pará was inhabited by several indigenous peoples who related to the environment in a different way. Among them the hunter-gatherers, the South Jês ceramists and the Laklãnõ / Xokleng. In the 19th century, colonization in Santa Catarina progressed through the establishment of European Colonies. The contacts and conflicts between the Laklãnõ / Xokleng and the colonizers then intensify. In this context, bugreiros appear, colonists specialized in hunting and killing indigenous people, with the support of the Government, Colonizing Company, police and settlers. The extermination was then legitimized, leaving the indigenous people with no chance of survival. As a result, before the middle of the twentieth century the Laklãnõ / Xokleng who lived in the Colony Grão-Pará were exterminated.
O presente trabalho parte da necessidade de uma história que reconheça a participação de diversos sujeitos, dando espaço aqueles que durante muito tempo foram marginalizados ou simplesmente excluídos da história oficial. Nesse sentido, propomos avaliar o papel dos diversos segmentos sociais no genocídio dos povos indígenas Laklãnõ/Xokleng na colônia Grão-Pará, entre os séculos XIX e XX, através da descrição do contexto de ocupação pré-colonial na encosta sul da Serra Geral de Santa Catarina, discussão do processo de colonização em Santa Catarina durante os séculos XIX e XX, exame dos relatos de contatos e conflitos entre colonos e indígenas Laklãnõ/Xokleng no território da Colônia Grão-Pará e a análise das medidas tomadas no âmbito da colônia Grão-Pará em relação a presença de indígenas. Através de uma pesquisa bibliográfica e documental, a pesquisa apontou que antes da colonização europeia, o território da Colônia Grão-Pará foi habitado por diversos povos indígenas que se relacionavam com o ambiente de maneira distinta. Dentre eles os caçadores-coletores, os ceramistas Jês Meridionais e os Laklãnõ/Xokleng. No século XIX, a colonização em Santa Catarina avança através do estabelecimento de Colônias Europeias. Intensificam-se então os contatos e conflitos entre os Laklãnõ/Xokleng e os colonizadores. Neste contexto surgem os bugreiros, colonos especializados em caçar e matar os indígenas, com o apoio do Governo, Empresa Colonizadora, polícia e colonos. O extermínio foi então legitimado, deixando os indígenas sem qualquer chance de sobrevivência. Como resultado, antes da metade do século XX os Laklãnõ/Xokleng que viviam na Colônia Grão-Pará são exterminados.
O presente trabalho parte da necessidade de uma história que reconheça a participação de diversos sujeitos, dando espaço aqueles que durante muito tempo foram marginalizados ou simplesmente excluídos da história oficial. Nesse sentido, propomos avaliar o papel dos diversos segmentos sociais no genocídio dos povos indígenas Laklãnõ/Xokleng na colônia Grão-Pará, entre os séculos XIX e XX, através da descrição do contexto de ocupação pré-colonial na encosta sul da Serra Geral de Santa Catarina, discussão do processo de colonização em Santa Catarina durante os séculos XIX e XX, exame dos relatos de contatos e conflitos entre colonos e indígenas Laklãnõ/Xokleng no território da Colônia Grão-Pará e a análise das medidas tomadas no âmbito da colônia Grão-Pará em relação a presença de indígenas. Através de uma pesquisa bibliográfica e documental, a pesquisa apontou que antes da colonização europeia, o território da Colônia Grão-Pará foi habitado por diversos povos indígenas que se relacionavam com o ambiente de maneira distinta. Dentre eles os caçadores-coletores, os ceramistas Jês Meridionais e os Laklãnõ/Xokleng. No século XIX, a colonização em Santa Catarina avança através do estabelecimento de Colônias Europeias. Intensificam-se então os contatos e conflitos entre os Laklãnõ/Xokleng e os colonizadores. Neste contexto surgem os bugreiros, colonos especializados em caçar e matar os indígenas, com o apoio do Governo, Empresa Colonizadora, polícia e colonos. O extermínio foi então legitimado, deixando os indígenas sem qualquer chance de sobrevivência. Como resultado, antes da metade do século XX os Laklãnõ/Xokleng que viviam na Colônia Grão-Pará são exterminados.
Palavras-chave
Laklãnõ/Xokleng, Colônia Grão-Pará, Genocídio