Avaliação da ressonância magnética cardíaca no diagnóstico de miocardite como consequência da infecção por covid-19: revisão narrativa

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Data

2022-06-23

Tipo de documento

Monografia

Título da Revista

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Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

LEMOS, Alice Freitas
AMORIM, Ana Clara Coimbra
FERREIRA, Lays de Araújo
OLIVEIRA, Luana Carvalho
RODRIGUES, Henrique Augusto Fernandes

Orientador

VENTURA, Vanessa das Graças José

Coorientador

Resumo

A lesão do músculo cardíaco ou miocardite caracteriza-se por uma desordem inflamatória causada predominantemente por vírus. Atualmente, existem diversos estudos a respeito da miocardite em pacientes com COVID-19, e um método disponível no auxílio diagnóstico dessa complicação é a Ressonância Magnética Cardíaca (RMC). O objetivo é avaliar para a utilização da ressonância magnética cardíaca, em mapa T1, para diagnóstico através de imagens, lesões no músculo cardíaco e suas consequências. Além disso, o trabalho objetiva explorar a literatura e a participação da RMC nos diagnósticos de miocardite, durante a Pandemia do coronavírus. A revisão bibliográfica a respeito do diagnóstico de miocardite causada pelo vírus SARS-CoV-2 utilizando a RMC, foi realizada durante os anos de 2021 e 2022, através das bases de dados PubMed e UpToDate, tendo sido utilizados os descritores “COVID-19”, “SARS-CoV-2”, “myocarditis” e "resonance” para título/resumo, excluindo artigos que apresentassem “vaccines” em seu título/resumo. O uso da RMC é apresentado na literatura com diferentes precisões diagnósticas, a depender do método de análise da imagem escolhido. Apesar dessa realidade, foram evidenciadas na maioria dos estudos, alterações significativas nos exames de RMC tanto em pacientes com infecção ativa pelo COVID-19 quanto em pacientes em estado de convalescência pós infecção. Essas alterações incluíram achados que corroboram para a definição de uma inflamação de cardiomiócitos, tais como edema, hiperemia, necrose e fibrose, podendo, ainda, mostrar alterações de contratilidade ventricular. Dentre os artigos publicados a respeito do uso da RMC para o diagnóstico de miocardite como consequência da infecção pelo COVID-19, uma meta-análise publicada em 2022 apontou uma prevalência de 17,6%. Esse mesmo estudo considerou a RMC como método de imagem de boa precisão e reprodutibilidade. Segundo a American Heart Association (AHA) e a European Society of Cardiology (ESC), a biópsia endomiocárdica permanece o exame padrão-ouro para diagnóstico de miocardite. Em relação aos marcadores de miocardiocitólise, o Egyptian Heart Journal (EHJ), propõe a dosagem dos níveis de troponina I e troponina T como mais um critério laboratorial para diagnóstico de tal afecção. Já o International Journal of Cardiology publicou um estudo apontando a RMC como exame de imagem preferível, buscando diagnóstico não invasivo da miocardite aguda. Esse último jornal, ainda definiu o uso da ressonância como obrigatório em pacientes infectados pelo coronavírus com suspeita de miocardite. Apesar de ainda ser controverso, o diagnóstico da miocardite através da RMC é comprovadamente um método eficaz, precoce e preciso.

Palavras-chave

miocardite, COVID-19, SARS-CoV-2, ressonância magnética

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