Obesidada Infantil e sua relação com o diabetes tipo II: uma revisão integrativa.

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Data

2024-06

Tipo de documento

Artigo Científico

Título da Revista

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Área do conhecimento

Modalidade de acesso

Acesso fechado

Editora

Autores

ARAÚJO, Leandro Cândido de
SILVA, Márcio de Araújo
PEREIRA, Susana Luiza Araújo Marcolino

Orientador

BARBOSA, Elane da Silva

Coorientador

Resumo

Nos últimos anos, mesmo com o aumento da prática de exercícios físicos, tem crescido de forma exponencial o número de sujeitos com obesidade, principalmente no público infantil. Buscando uma resposta para o que está acontecendo, Gentil (2011) pesquisou sobre a evolução da espécie humana e identificou que, durante o processo evolutivo, o ser humano passou por várias alterações no metabolismo, de modo que a genética não acompanhou todas essas modificações. Os primeiros ancestrais da espécie humana viviam predominantemente em árvores, com a disponibilidade de alimento de baixa densidade calórica, como é o caso das frutas, e não faziam esforço físico. Ao longo dos anos, em virtude das mudanças climáticas, as árvores foram diminuindo e as frutas foram ficando cada vez mais escassas e, para sobreviver até obter o próximo consumo alimentar, o metabolismo humano começou a economizar energia, tornando-se mais lento cerca de 20% (Gentil, 2011). Atualmente, entretanto, a alimentação encontra-se cada vez mais calórica, por meio de alimentos processados e ultra processados. Somando-se a isso, com o avanço da tecnologia e o uso de telas, as crianças tornaram-se mais sedentárias, sem as brincadeiras que exigiam um gasto calórico, o que contribuiu para o aumento da obesidade infantil (Schaan et al., 2019) Nesse sentido, um dos maiores problemas da obesidade infantil refere-se ao acúmulo de gordura abdominal, o que provoca um processo inflamatório generalizado em decorrência do predomínio da liberação de citocinas pró-inflamatórias, como: TNF, resistina, inibidor do ativador de plasminogênio e interleucina 1, em relação às citocinas anti-inflamatórias (Silva et al., 2019), podendo desencadear uma série de doenças crônicas degenerativas por causa de disfunções ocasionadas no organismo. Dentre as principais, destaca-se a intolerância à glicose, a qual pode desencadear diabetes mellitus (DM) tipo 2 (Simão et al., 2020). O DM tipo 2 trata-se de doença crônica que afeta o sistema metabólico por causa do acúmulo de glicose no sangue e que, aos poucos, provoca danos em alguns órgãos como: coração, olhos, rins e vasos sanguíneos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os principais sintomas são fome e sede constantes, e poliúria, que é a vontade de urinar com frequência. Além da visão embaçada, formigamento nos pés e mãos, somando-se à demora na cicatrização de feridas. Apesar desse tipo de diabetes acometer com maior predominância adultos, em virtude da resistência à insulina, a obesidade infantil pode favorecer o aumento de casos de DM tipo 2 (Simão et al., 2020). Nesse contexto, estudar sobre essa temática mostra-se pertinente por fomentar subsídios científicos acerca da temática, além de instigar a necessidade de plano de políticas públicas atuando em sinergismo com escolas e famílias, promovendo um trabalho conjunto para mudança de hábitos alimentares e uma vida mais ativa por meio da prática regular de exercícios. Isso porque a obesidade infantil é uma doença multifatorial e precursora para as outras doenças crônicas degenerativas e, por isso, deve ser tratada como um problema de Saúde Pública (Kleinendorst et al., 2020). Adicionalmente, é de suma relevância o nutricionista conhecer os problemas que a obesidade pode ocasionar e, dessa forma, promover uma conscientização da população para um acompanhamento desde os primeiros anos de vida. Sendo assim, objetiva-se, neste estudo, compreender a relação da obesidade infantil com a DM tipo 2.

Palavras-chave

diabetes mellitus, dieta, obesidade infantil, exercício físico

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