ASSÉDIO MORAL NA VIVÊNCIA DE PROFISSIONAIS DE ENFEMAGEM: IMPLICAÇÕES E DESAFIOS

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Data

2023-06-30

Tipo de documento

Artigo Científico

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Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso fechado

Editora

Autores

Everson Luiz dos Santos, Letícia Rodrigues

Orientador

Sanceverino, Sérgio Luiz

Coorientador

Schneider, Dulcinéia Ghizoni

Resumo

Introdução: O ambiente de trabalho vem passando por transformações e as situações de assédio moral nas relações de trabalho são cada vez mais evidentes. As consequências do assédio podem se expressar em sentimentos como desamparo, dúvidas, desgaste emocional e diminuição da autoconfiança, contribuindo para o aumento da rotatividade, absenteísmo e erros relacionados ao atendimento. Objetivo: Conhecer como o assédio moral se apresenta na vivência de profissionais de Enfermagem, e quais as suas implicações e desafios para esses profissionais. Método: Estudo de natureza qualitativa, exploratório-descritiva com coleta de dados a partir de questionário estruturado e auto aplicado. A pesquisa de campo foi realizada em um Hospital de Cardiologia com profissionais de Enfermagem e a coleta de dados teve duração de três (03) meses. Utilizou-se a análise de conteúdo de Bardin como referencial analítico dos dados. Resultados: Participaram da pesquisa 24 profissionais da área da enfermagem, sendo, em sua maioria enfermeiros/enfermeiras, na faixa etária de 40 a 49 anos. Dos participantes 100% afirmaram saber o que é assédio moral e a maioria (62,5%) afirmou já ter sofrido assédio moral no trabalho. Em 11 dos casos de assédios mencionados 73,3%, não houve nenhum desfecho, isto é, nada foi feito em relação ao ocorrido. Conclusão: Foi possível perceber as condições que contribuem para o aparecimento do fenômeno do assédio moral: hierarquia e relação de poder, sobrecarga de trabalho, e a forma como acontece a comunicação no trabalho entre os próprios profissionais. Essas condições de trabalho contribuem para um ambiente hostil e favorável à ocorrência do assédio moral.
Introduction: The work environment has been changing and situations of moral harassment in work relationships are becoming increasingly evident. The consequences of harassment can be expressed in feelings such as helplessness, doubts, emotional exhaustion, and a decrease in self-confidence, contributing to increased turnover, absenteeism and errors related to care. Objective: The main aim of this study is to understand what the experiences of Nursing professionals on moral harassment in work environment are, and what are its implications and challenges for these professionals. Method: In this qualitative study, data was collected through a structured and self-administered questionnaire. The field research was carried out in an Inpatient Unit of a High Complexity Hospital’s Cardiology Institute. The study population included nursing professionals working at this Unit. Results: 24 nursing professionals participated in the research, most of them nurses, aged between 40 and 49 years. All the participants (100%) said they knew what moral harassment is and the majority of them (62.5%) said they had already suffered moral harassment at work. In 11 of the cases of harassment mentioned, 73.3%, there was no outcome, that is, nothing was done about it. Conclusion: It was possible to perceive the conditions that contribute to the emergence of the moral harassment at work: hierarchy and power relations, work overload, and the way in which communication takes place at work among the professionals themselves. These working conditions contribute to a hostile and favorable environment for the occurrence of harassment.

Palavras-chave

Assédio não sexual, Ética em Enfermagem, Saúde ocupacional, Violência no trabalho

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