O uso de toxinina botulínica tipo A como auxiliar no tratamento de sialorreia.
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Data
2023-12
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
SANTOS, Amanda Assis
Orientador
FERNANDES, Leonardo Alexandre
Coorientador
SCHAPPO, Cláudia
Resumo
A sialorreia é definida pelo extravasamento da saliva para o exterior do contorno labial. A principal etiologia é a dificuldade de deglutição e está normalmente associada a doenças neurológicas. Os pacientes acometidos apresentam irritação perioral, infecções orais, desidratação, entre outros, o que interfere na sua qualidade de vida. A escolha do tratamento adequado é de grande importância. Os tratamentos mais conservadores consistem em um manejo não invasivo, porém, infelizmente, não demonstram benefícios consideráveis a longo prazo. As opções cirúrgicas, apesar de eficientes no controle da sialorreia, são bastante invasivas e podem ocasionar complicações graves. Terapias com drogas anticolinérgicas são as mais frequentemente utilizadas, porém, apresentam efeitos colaterais significativos, pois sua ação não é específica das glândulas salivares. A toxina botulínica é produzida pela bactéria Clostridium botulinum, que em contato com os neurônios colinérgicos, faz uma ligação irreversível nas proteínas do sistema SNARE, impedindo a liberação da acetilcolina na fenda pré-sináptica. Os primeiros tratamentos com toxina para sialorreia foram descritos em 1997, sendo de primeira escolha as do sorotipo A. As injeções de toxina são realizadas por via transcutânea diretamente nas glândulas parótidas e submandibulares, pois são elas responsáveis por produzirem cerca de 90% da saliva secretada diariamente. Duas formas são aceitas para a localização das glândulas: uma considerando as estruturas anatômicas e outra utilizando ultrassom como guia. A ação da toxina é observada a partir do 3º dia e mantém-se em média até o 6º mês. Desse modo, este trabalho teve como objetivo fornecer uma visão geral sobre o tratamento da sialorreia com toxina botulínica tipo A, por meio de uma revisão de literatura. Podemos concluir que o uso da toxina apresenta resultados satisfatórios com poucos efeitos colaterais significativos, sendo uma boa opção de tratamento terapêutico.
Palavras-chave
sialorreia, toxina botulínica, glândulas salivares