Relação entre a oferta precoce de açúcar com a seletividade alimentar infantil em crianças menores de 4 anos.

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Data

2023-06-06

Tipo de documento

Artigo Científico

Título da Revista

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Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Martins, Luciana Vaz Ribeiro
Miranda, Lara Rocha
Carvalho, Milena Paula Martins
Cabral, Daiane Silva
Silva, Gabriela Araújo

Orientador

Buzzo, Guilherme Soares

Coorientador

Resumo

A alimentação infantil é um tema de grande importância para a promoção da saúde e prevenção de doenças. A introdução alimentar precoce é um dos fatores que pode influenciar na formação dos hábitos alimentares da criança. Dentre os alimentos introduzidos, o açúcar é um dos que mais preocupa, uma vez que o seu consumo excessivo pode estar relacionado com diversas doenças, como obesidade, diabetes, cárie dentária, entre outras. Além disso, estudos têm demonstrado que a exposição precoce ao açúcar pode levar a uma maior seletividade alimentar na infância, ou seja, a criança passa a preferir alimentos mais doces e a rejeitar aqueles que não possuem essa característica. Objetivou- se através desse trabalho analisar a relação entre a introdução precoce de açúcar na alimentação infantil e a seletividade alimentar em crianças de até 4 anos de idade através de uma revisão sistemática das literaturas científicas que abordam a relação entre a introdução precoce de açúcar e a seletividade alimentar infantil, com o intuito de ampliar o conhecimento sobre o assunto, avaliar as evidências disponíveis e discutir os possíveis tratados envolvidos na relação entre açúcar e seletividade alimentar. Os pais ou responsáveis muitas vezes oferecem alimentos açucarados e ultra processados para suas crianças por medo de que fiquem com fome, por falta de tempo, praticidade ou para evitar estresse, as vezes ofertando doces como forma de recompensa ou resultado de alguma boa ação. Entretanto, essa abordagem pode ser prejudicial, pois reforça a ideia de que a criança receberá algo "mais saboroso" se não comer o que está sendo oferecido ensinando uma ideia errônea sobre os alimentos e criando uma relação não saudável com a alimentação. A seletividade alimentar pode ser influenciada por vários fatores sociais, ambientais e até genéticos, que podem surgir desde o nascimento, na fase de introdução alimentar com a introdução precoce de açúcar e alimentos ultra processados, fatores genéticos à alimentação da mãe durante a gestação, a introdução tardia de alimentos mastigáveis, a pressão e o estresse durante as refeições para que uma criança coma, o ambiente e rotina em que a criança vive, inserção de fast foods, o impacto direto da publicidade, entre outros. Além de causar uma nutrição inadequada, prejudicando a absorção de vitaminas e minerais, a seletividade alimentar pode levar a várias consequências negativas, incluindo transtornos alimentares como a compulsão alimentar, tal distúrbio que pode abalar a relação da criança com a comida, resultando no desenvolvimento da obesidade infantil, um problema de saúde pública que tem se tornado cada vez mais evidente a cada ano. O comportamento alimentar, que inclui a seletividade alimentar infantil, é um fenômeno complexo e é afetado por diversos fatores, como genéticos, ambientais, familiares, culturais e sociais, mas principalmente por influência dos cuidadores que ofertam os alimentos à criança formando desde cedo seu paladar e preferências alimentares.

Palavras-chave

Alimentação, Infantil, Paladar, Saudável

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