A experiência da maternidade como fator de adoecimento psíquico para as mães: atravessamentos culturais, sociais e históricos na saúde integral
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Data
2024-06
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
SILVA, Beatriz Brancaglione de Sousa
REIS, Gabriela Chaves
VASCONCELOS, Juliana Lopes
Orientador
ROMAN, Joana Anschau
Coorientador
Resumo
O presente artigo trata-se de uma revisão narrativa qualitativa da literatura com o
objetivo de analisar os fatores de adoecimento psíquico das mães com abordagem em
saúde integral. O método utilizado para esse estudo foi a inclusão de artigos baseados
nos descritores estabelecidos, dentro do escopo do trabalho, para a investigação das
produções acadêmicas publicadas sobre o tema nos últimos 30 anos. Visando entender
a mãe em um aspecto social e cultural amplo, foram excluídos artigos que tratavam da
maternidade em casos mais específicos, para assim analisar aqueles que discutiam a
maternidade de forma geral. A partir do referencial teórico estabelecido, foi demonstrado
que o ideal de maternidade, frequentemente retratado como natural, instintivo e
sustentado pelo mito do amor materno, pode ser limitante ou mesmo adoecedor para
mulheres que buscam satisfação na experiência materna. A romantização e idealização
da "mãe perfeita", juntamente com a sobrecarga de funções e estresse mental são
identificadas como principais e possíveis fatores de sofrimento que afetam não apenas
o período puerperal, mas também toda a vida das mulheres. Através das leituras,
percebe-se a necessidade de uma abordagem integral em saúde, com estratégias não
medicalizantes e vitalistas, maior desenvolvimento de redes sociais de apoio, grupos
terapêuticos e uso de PICs, bem como a visibilidade e reconhecimento dos fatores
pontuados que contribuem no adoecimento das mães.
Palavras-chave
Maternidade; Mãe; Adoecimento psíquico; Saúde integral.