Pandemia da COVID-19 e saúde mental: uma revisão bibliográfica sobre isolamento social e transtornos psicológicos associados
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Data
2021-12-22
Tipo de documento
Monografia
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Humanas
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Silva, Victória Macêdo
Pereira, Maria Suely Nascimento
Orientador
Santos, Catiele dos Reis
Coorientador
Resumo
O presente ensaio faz uma explanação acerca das produções do isolamento social sobre a saúde mental das pessoas, analisando o isolamento como fator predisponente para o surgimento de transtornos mentais ou mesmo servindo para emersão de pré-existentes. Trata-se de revisão bibliográfica, de caráter qualitativo, pela qual buscou-se, através das produções já construídas acerca do tema, compreender como a pandemia da COVID-19 e sua principal medida de controle contra disseminação da doença exerceram influência psicológica sobre os indivíduos que, submetidos a um nível elevado de estresse, experimentaram sintomas de ansiedade e depressão ou mesmo abriram precedentes para o surgimento do transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). A partir dos capítulos, abordou-se alguns determinantes subjetivos e sociais, que funcionaram como facilitadores para a instalação das psicopatologias citadas, demarcando uma dinâmica entre as experiências compartilhadas com aquelas vivenciadas particularmente, evidenciando um contexto conflituoso que estava muito além das produções do surto pandêmico e isolamento social sobre a rotina das pessoas. Através do referencial teórico e discussões subsequentes, percebeu-se a prevalência de adoecimentos psicológicos em determinados perfis, demonstrando que embora a pandemia e isolamento social trouxeram implicações para a vida de todas pessoas, a sobrecarga emocional oriunda da experiência recaiu com mais força sobre grupos específicos, associando vulnerabilidades a predisposições ao adoecimento mental. Debates acerca de gênero, faixa etária, posição social, condição socioeconômica e perfil profissional, em menção aos trabalhadores da saúde, foram utilizados como modelos explicativos, demonstrando que fatores associados foram responsáveis pelo aumento dos casos de transtornos mentais na população durante o isolamento social, demarcando o Brasil e sua instabilidade política, o que também veio a contribuir para o problema. Recomendações de órgãos e instituições de saúde brasileiras foram elencadas em referência aos cuidados com a saúde mental da população em tempos de pandemia, mais uma vez considerando perfis e vulnerabilidades, em conformidade com a necessidade de um serviço psicológico disponível e de fácil acesso que, mesmo indicado como essencial, não foi capaz de alcançar um grande número de pessoas, principalmente aquelas que parecem ser invisíveis ao poder público.
Palavras-chave
Isolamento social, Pandemia, Psicologia, Saúde Mental