A experiência e compreensão de mulheres casadas sobre a prática de swing.

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Data

2022-12

Tipo de documento

Artigo Científico

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Área do conhecimento

Ciências Humanas

Modalidade de acesso

Acesso fechado

Editora

Autores

Divana Schutz

Orientador

Vanderlei Brasil

Coorientador

Resumo

Esta pesquisa apresenta uma discussão acerca das formas como mulheres casadas compreendem a prática de swing. Tendo em vista a problemática, a pesquisa caracteriza as dinâmicas e regras da prática entre casais, além de dissertar sobre as razões causais que promovem as escolhas pelo swing, bem como as formas que casais se inserem nas comunidades praticantes e os sentimentos que emergem entre eles. No que tange ao papel social da mulher, a investigação apresenta o modo como questões de gênero se manifestam nas comunidades praticantes de swing a partir de entrevistas com mulheres, objetivando responder ao seguinte problema de pesquisa: qual a compreensão de mulheres casadas sobre a prática do swing? A pesquisa realizada possui natureza qualitativa, objetivo exploratório e foi delineada como um estudo de casos. O instrumento de coleta de dados foi uma entrevista semiestruturada, para a qual foram selecionadas dez mulheres casadas, praticantes de swing com seu cônjuge ou parceiro. Entre os principais resultados analisados destaca-se: as expressões femininas sobre a prática de swing apesar de revelarem algumas permanências de uma dinâmica patriarcal e objetificação do corpo feminino em favor das preferências masculinas, revelam também avanços nas relações conjugais, desconstrução de tabus, maior empoderamento das mulheres e quebras com modelos tradicionais de sexualidade. Com base no relato de algumas entrevistadas, é possível apontar que em muitos momentos tais práticas parecem servir e dar mais centralidade aos homens na medida em que impõem limites à mulher com o sexo oposto e muitas vezes reduzem suas participações ao atendimento do prazer masculino, reiterando um direito que deveria na maioria das vezes ser horizontal. Contudo, foi possível observar o quanto essa prática foi positiva para a relação conjugal das entrevistadas, tendo como alguns pontos identificados: o aumento do diálogo, confiança e interação do casal que busca se relacionar no swing, estreitamento dos laços conjugais e promoção do empoderamento da mulher. Dessa forma para as entrevistadas, a prática foi benéfica e decisiva para manter o relacionamento vivo e ativo, ainda que todos os envolvidos tivessem que se dispor a ceder, entender o parceiro e respeitar os limites para que o processo funcionasse. A pesquisa concluiu que as perspectivas e experiências apresentadas pelas dez entrevistadas, em diálogo com literatura, apontam para relações de gênero assimétricas na prática de swing, refletindo modelos tradicionais associados à família e estruturas patriarcais que carecem de superação e atenção pelos estudos da Psicologia.

Palavras-chave

sexualidAdes dissentes, mulheres no swing

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