Zebrafish como modelo para estudos comportamentais e bioquímicos em desordens neurodegenerativas

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Data

2021-11-11

Tipo de documento

Artigo Científico

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Pimenta Banax Junqueira, Letícia
Couto Santos, Mayara

Orientador

dos Santos Silva, Eldevan

Coorientador

Resumo

Zebrafish (Danio rerio) é um pequeno teleósteo da família Cyprinidae introduzido com êxito no cenário científico, na década de 1980. Sua utilização como modelo animal em pesquisas possibilitou estudos de mecanismos patológicos, testes de drogas e pesquisas genéticas, biológicas e de cunho comportamental. Isso graças ao seu pequeno porte, baixo custo de criação e vantagens sobre outros modelos vertebrados como fecundação e desenvolvimento externo, alta taxa de reprodução, embrião desenvolvido após 72 horas de fertilização, ovo translúcido, grande homologia aos humanos e funções equivalentes a vertebrados superiores, como se seus órgãos fossem uma versão em miniatura. Atualmente, o ZF (Zebrafish) vem emergindo com êxito nos estudos comportamentais e bioquímicos em desordens neurodegenerativas devido, principalmente, ao compartilhamento de 84% dos genes associados às demências humanas, tais como o gene da proteína tau, da proteína beta-amilóide e presenilinas. Tais características fazem do ZF um modelo animal enriquecedor para a caracterização e evolução de processos neurodegenerativos, em especial a Doença de Alzheimer (DA). Esta é uma afecção neurodegenerativa progressiva e irreversível, com maior incidência em idosos, sendo o principal sintoma a perda de memória. Apesar de sua origem ainda não ser totalmente entendida, a neurotoxidade do peptídeo beta-amiloide e o acúmulo da proteína tau, estão envolvidos e são estimulados pelo estresse oxidativo. A DA não tem cura, e os tratamentos são ineficazes. Portanto, ainda há a necessidade da descoberta de fármacos com ação central e menos efeitos colaterais. Nesse contexto, o ZF vem emergindo com êxito, possibilitando relacionar as alterações moleculares às comportamentais típicas desta patologias. Este estudo trata-se de uma revisão narrativa da literatura. A coleta dos dados supracitados aconteceu através da pesquisa bibliográfica de publicações de 2001 a 2021, que se encaixassem no tema. Foram encontradas 82 publicações e após a leitura, foram selecionados 66 para estudo e escrita deste trabalho. Após o desenvolvimento foi possível concluir que o ZF é um modelo animal que possibilita o estudo de desordens neurodegenerativas, tanto nos eixos comportamentais quanto bioquímicos, capaz de reproduzir fenótipos típicos de doenças neurodegenerativas facilitando o estudo de vários genes associados à DA, seus papeis na fisiopatologia, além da compreensão de comportamentos que podem ser comparados aos humanos, possibilitando assim projetar abordagens terapêuticas, abrir novos caminhos no campo da neurociência e desenvolver novos fármacos.

Palavras-chave

Alzheimer, Doenças Neurodegenerativas, Peptídeo Beta-Amilóide, Proteína Tau, Zebrafish

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