Análise dos acidentes apílicos em Santa Catarina, 2007-2017

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Data

2018

Tipo de documento

Artigo Científico

Título da Revista

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Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso embargado

Editora

Autores

Oliveira, Suzana Kniphoff de

Orientador

Trevisol, Fabiana

Coorientador

Resumo

Background: Incidents involving poisonous animals, particularly bee stings, constitute a public health problem in Brazil. There were 138,743 incidents caused by multiple stings from bees, which resulted in 414 deaths throughout the country between 2000 and 2017. Methods: This was an observational study with a cross-sectional design, including all reported bee sting cases among residents in the state of Santa Catarina, Brazil, between 2007 and 2017. Results: There were 8,912 bee sting cases reported during the study period, which represented an overall rate of 12,3 incidents per 100,000 population. The mean age was 29,8±19,4 years, ranging from 0 to 96 years of age. Of the total sample, 60,2% were men. The cases were distributed across all seasons, with a higher prevalence during the summer (45.6%). The highest frequency of these accidents (53.1%) occurred in urban areas, and 19.2% of the incidents affected people during their work hours. The head was the site most affected by the stings (39.6%), followed by the upper limbs. Pain and local edema were the most frequent clinical manifestations, and vagal alterations were the most common systemic manifestations. The lethality rate was 0.16%, affecting predominantly older people. Conclusions: The state of Santa Catarina, Brazil has a high incidence rate of bee stings, which is higher than the national average. Most cases occur in the western and far western parts of the state. These data may be underestimated, given that many incidents of bee stings are not reported, either because there is no demand for health services, or because they are not notified by the health professionals.
Introdução: Os acidentes por animais peçonhentos são considerados um problema de saúde pública no Brasil, entre eles se destaca o acidente apílico. Entre os anos de 2000 a 2017 houveram 138.743 acidentes por picada de abelha, com um número total 414 óbitos em todo o país. Métodos: Estudo observacional com delineamento transversal, sendo incluídos todos os casos notificados de acidente por picada de abelha entre residentes de Santa Catarina nos anos de 2007 a 2017. Resultados: Foram incluídos 8.912 casos registrados de picadas de abelha no período em estudo. Isso resultou em uma taxa global de 12,3 acidentes a cada 100.000 habitantes. A média de idade foi de 29,8±19,4 anos, variando de 0 a 96 anos de idade. Do total 60,2% eram do sexo masculino. Os casos foram distribuídos em todas as estações do ano, com maior prevalência no verão (45,6%). A área urbana representou a região de maior frequência (53,1%) e, do total, 19,2% dos acidentes foram relacionados ao trabalho. O local mais acometido pelas picadas foi a cabeça (39,6%) seguida dos membros superiores. As manifestações clínicas mais frequentes foram dor e edema local, e entre as manifestações sistêmicas o maior relato foram as alterações vagais. A taxa de letalidade foi de 0,16%, e observada entre vítimas com idade avançada. Conclusões: Santa Catarina apresenta elevada taxa de acidentes apílicos, superior à média nacional. Os casos concentram-se no interior, na região oeste e extremo oeste do Estado. Estima-se que estes dados sejam subestimados, considerando que muitos acidentes não são notificados por não haver procura pelos serviços de saúde e por conta da baixa notificação dos profissionais de saúde em geral.

Palavras-chave

Abelhas, Mordeduras e picadas, Envenenamento, Epidemiologia

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