Estudo sobre furo sextavado como alternativa de projeto a furos cilíndricos em motores fechados por haste
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Data
2022-12-12
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Engenharias
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Murilo Felisberto da Rosa, Ian
Orientador
Bernardes de Carvalho, Rubens
Coorientador
Resumo
Nos dias atuais, a concorrência pela fatia de mercado está cada vez mais acirrada, por esse motivo, o uso de ferramentas que auxiliem a tomada de decisão durante a etapa de desenvolvimento de produto, pode ser decisivo na construção de um produto competitivo. O objetivo desse artigo, foi validar um furo sextavado como alternativa aos furos cilíndricos que são usados atualmente nas tampas de motores elétricos fechados por haste. O motor elétrico que terá esse furo sextavado proposto, em alguns tipos de aplicação, é fixado pelo flange em lugares que podem estar acima do nível da cabeça, o que pode trazer riscos para o cliente caso o mesmo venha a desmontar e cair. O risco que esse tipo de produto é classificado, está dentro dos mais altos do FMEA, pois apresenta risco com regulamentação e saúde do consumidor, classificado como grau nove ou superior. Para esse tipo de aplicação, que apresenta um alto valor de severidade, vários fatores devem ser verificados antes da liberação e venda. Com base nisso, buscou-se auxilio de ferramentas estatísticas presentes na metodologia seis sigmas para fazer testes de robustez e aprovar o projeto. Ao todo, foram usadas seis ferramentas, dentre elas: o mapa de produto; o stack-up; mapa de processo, MSE, CPK e gráfico de dispersão dos dados. O mapa de produto nos auxiliou na verificação das principais fontes de variação de montagem, com isso, foi possível verificar na etapa de projeto, as primeiras dúvidas em relação a fixação do conjunto haste mais tampa. Ainda sobre o mapa de produto, após a análise das principais fontes de variação, percebeu-se que existia necessidade de responder algumas dúvidas com o MSE e outras com o stack-up. Como os estudos estavam na etapa de desenvolvimento, não existia molde para fabricação dos componentes, o que nos levou a fazer uma análise dimensional (stack-up) dos componentes, e suas variações de tolerância, que impactam na profundidade de penetração da haste. A partir disso, foi possível especificar o sextavado e também determinar o pior caso possível de montagem, sendo utilizado como parâmetro no ensaio de tração. Para entender os efeitos da interferência entre componentes e os resultados do ensaio de tração, foi feito uma medição da largura do sextavado e do diâmetro da rosca. Afim de diminuir a quantidade de peças medidas e ainda assim ter uma coleta de dados confiáveis, foi criado dois sistemas de medição usando um conceito de mapa de processo. O mapa de processo serviu para listar as fontes de variação críticas para o dimensional medido, após listados, foi criado uma estratégia de amostragem do tipo direcionada. Após a coleta dos dados em cada experimento de medição, para verificar se são sistemas confiáveis, foi feito uma avaliação seguindo os critérios do MSE, que é uma das ferramentas da metodologia seis sigmas. Devido a este grau de severidade, a entrega deve ser estável o suficiente para que o produto seja lançado no mercado. Com o intuito de verificar a estabilidade, foi calculado a capacidade de entrega da fábrica (CPK) e comparado com o índice requerido para esta classificação de risco do FMEA. Por fim, verificamos se o fator de segurança dos testes é suficiente para aprovar essa solução.
Palavras-chave
Seis sigmas, Furo sextavado, Motor elétrico, Desenvolvimento de produto