Barreiras e Facilitadores no Cuidado às Crianças com Síndrome Congênita do zika vírus: A Percepção do Profissional.
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Data
2023-06-21
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
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Área do conhecimento
Ciências da Saúde
Modalidade de acesso
Acesso fechado
Editora
Autores
Carmo, Ivo
Tínel, Thaís
Orientador
Fernandes, Denise
Coorientador
Resumo
Introdução: A Síndrome Congênita do zika vírus afetou milhares de crianças no Brasil e isso demandou uma reorganização no sistema e serviços de saúde, de forma que os profissionais enfrentaram e ainda enfrentam uma série de desafios na condução do cuidado a este público. Objetivo: Identificar as barreiras e facilitadores no cuidado às crianças com SCZ, na percepção do profissional. Metodologia: Estudo qualitativo de caráter descritivo exploratório, com profissionais atuantes em um CER II na Bahia, realizado entre março e maio de 2022. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas. A análise dos conteúdos foi baseada na técnica de Bardin, de onde emergiu a categoria “Percepções do cuidado: barreiras e facilitadores no cuidado à criança com SCZ”. Resultados e Discussão: Participaram do estudo 6 profissionais os quais relataram barreiras relacionadas a alta demanda, tempo curto de atendimento, dificuldade na comunicação entre a equipe multidisciplinar, e a pouca assistência às famílias. Essas barreiras apontam para uma necessidade urgente em redirecionar o modelo de cuidado centrado na doença e na produtividade mecanicista para um modelo de cuidado centrado na pessoa e no seu contexto. Por outro lado, relataram como facilitadores do cuidado: a humanização no atendimento, o empenho pessoal para as intervenções e o vínculo facilitado entre a equipe, o que demonstra que a despeito das barreiras, estes profissionais ainda procuram reinventar suas práticas de cuidado. Conclusão: Esse estudo demonstrou barreiras relacionadas a serviços, sistema e políticas de saúde desde os aspectos gerenciais, até a dificuldade em operacionalizar o cuidado centrado na família. Em contrapartida os vínculos e os relacionamentos entre a própria equipe se comportaram como importantes facilitadores na oferta de cuidado aos pacientes, o que demonstra a necessidade de se fortalecer as práticas colaborativas entre a equipe com o objetivo de melhorar a oferta do cuidado e de se repensar na real operacionalização das políticas de saúde já construídas no país, dentro do contexto de cada serviço de saúde.
Palavras-chave
Zika Vírus, Barreiras, Facilitadores, Profissionais, Microcefalia