Percepção do cuidador familiar diante do idoso com necessidades de cuidados

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Data

2023-09-21

Tipo de documento

Dissertação

Título da Revista

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Área do conhecimento

Modalidade de acesso

Acesso fechado

Editora

Autores

BRITES, Cintia Gonçalves de Mesquita

Orientador

Montiel, José Maria

Coorientador

Lima, Adriana Machado Saldiba

Resumo

Diante do avanço da idade, torna-se essencial a existência de rede de apoio, pois o envelhecimento resulta em maiores chances de vulnerabilidade, o que acarreta o aumento de riscos à pessoa idosa, sendo a família uma alternativa nesse sentido. O enfrentamento da responsabilidade do cuidado frente ao idoso provoca mudanças na vida do cuidador. Portanto, compreendê-lo torna possível entender como esse sujeito associa o cuidado em relação a si e ao outro. O presente estudo justifica-se pela carência de literatura sobre a temática, especialmente quanto à percepção do cuidador familiar de pessoas idosas em relação à sua qualidade de vida, no âmbito físico, psíquico e emocional. Objetivou-se a associação entre o cuidado prestado por cuidadores familiares, suas próprias demandas, necessidades e sua qualidade de vida frente à situação do cuidado da pessoa idosa. Método: participaram deste estudo 20 pessoas de ambos os sexos, com idade entre 18 e 59 anos, que fossem cuidadoras familiares de pessoas idosas. Este estudo caracteriza-se como descritivo de corte transversal, cuja premissa é identificar relações entre o ato de cuidar de pessoas idosas com necessidade de atenção e os aspectos pessoais do cuidador. Para a coleta de dados foram utilizados um questionário sociodemográfico, um questionário semiestruturado, a escala de avaliação de atividades avançadas de vida diária, a avaliação de qualidade de vida pelos fatores Control, Autonomy, Self-realization and Pleasure (CASP-19) e os fatores de autonegligência pela escala de autonegligência. Os dados obtidos na coleta foram analisados com o auxílio de softwares estatísticos, e tais análises descritivas e inferenciais foram apresentadas visando identificar o desempenho dos participantes. Os resultados obtidos mostram que a escala de qualidade de vida CASP-19 e a escala de autonegligência não apresentam resultados negativos na qualidade de vida e no autocuidado dos participantes. Com o questionário semiestruturado foi possível predizer que 30% dos participantes apresentaram sentimentos de raiva, 50% de tristeza, 40% de medo e 90% de algum tipo de preocupação nos últimos seis meses. Os achados podem ser considerados de impacto na qualidade de vida do cuidador. Dessa forma, é oportuno destacar que as demandas exigidas pelo cuidado geram efeitos nas emoções e nos sentimentos do cuidador que podem resultar em sobrecarga emocional, indicando possíveis alterações futuras nos aspectos de saúde e, consequentemente, na qualidade de vida do cuidador.

Palavras-chave

Cuidador, Idoso, Familiar, Qualidade de vida

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