Base lunar: a próxima fase da arquitetura
Nenhuma Miniatura disponível
Data
2024-06
Tipo de documento
Monografia
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Modalidade de acesso
Acesso embargado
Editora
Autores
Bruna Jamile Custodio
Orientador
Flavia Papini Horta
Coorientador
Resumo
A Nasa tem o objetivo de levar o homem novamente à Lua no projeto Artemis, já existe uma lista com nome de 18 astronautas até o momento, que serão enviadas ao satélite em grupos de 4 astronautas. Por este motivo a Base será projetada para abrigar 4 pessoas por vez, as quais poderão ficar lá coletando dados, informações, fazendo estudos e pesquisas sobre o local. E tal projeto tem ainda por intenção fazer a primeira construção para além dos limites da Terra até 2030. E cada vez mais se faz necessário a exploração de novos corpos espaciais.
A alimentação dos astronautas será em sua grande maioria de alimentos cultivados no satélite através de uma estufa. Estufa que seria a primeira etapa a ser construída, pois a Base seria construída a partir de uma mistura de basalto e um biopolímero de milho, que espera-se que seja cultivado lá para a produção deste material para a construção de toda a Base. Ou seja, apesar de ser necessário levar coisas daqui, quase tudo depois da Base pronta será obtido de lá mesmo. A impressão 3D será uma grande aliada, tanto na montagem da própria edificação como na manutenção do local, conseguimos fabricar com elas desde paredes a vigas, estruturas e esquadrias até peças para montagem e/ou reposição para outras máquinas.
Um dos maiores problemas de qualquer tipo de construção fora do nosso planeta é o transporte de materiais até lá, o que acaba por tornar a construção obrigatoriamente vernacular, ou seja, utilizando-se de material lunar para a edificação. Além de todo o processo de construção precisar ser feito de forma automatizado através de robôs, pois toda a estrutura precisa estar pronta para quando a tripulação terrestre chegar, sendo assim, uma das opções para este modelo de construção é a inovadora impressão 3D, feitas a partir de impressoras de grande porte e que permitem que todo o controle seja feito de forma remota.
O solo lunar é composto por regolito, que é uma combinação de elementos onde se encontra o basalto, um tipo de rocha amplamente utilizada aqui na Terra em construções e pavimentação. A empresa Icon, participante de um concurso da Nasa para construção de habitats em Marte, desenvolveu um material composto de basalto e biopolímero à base de milho para atender à tal necessidade e demanda, frente as adversidades de condições climáticas e atmosféricas encontradas no planeta vermelho. Esta combinação foi capaz de produzir um material capaz de resistir à um teste de força onde foi aplicado 90 toneladas em sua superfície antes de seu rompimento. Ou seja, um excelente resultado para as possíveis “chuvas” de corpos espaciais, como meteoros por exemplo, que comumente ocorrem na Lua, devido à sua falta de atmosfera, que é o que impede que isto ocorra no nosso planeta. Devido a isso, a Lua é constantemente “bombardeada” por meteoros, causando as marcas de crateras que conseguimos ver com auxílio de um telescópio.
O objetivo do projeto é construir uma base que seja sustentável, automatizada e capaz de oferecer conforto além do básico para sobrevivência. O local de instalação, a posição em relação ao Sol, a luz, a topografia, tudo precisa ser pensado para dar a melhor condição de estudos e pesquisas durante a estadia. Sendo assim as condicionantes são importantes, mas os conceitos arquitetônicos talvez sejam ainda mais pois com o avanço da tecnologia podemos criar facilmente materiais que resistem as atmosferas da Lua e do espaço, mas a parte humanizada, para esta não temos inteligência artificial que ofereça o conforto e a sensação de estar em casa mesmo estando a milhões de quilômetros da Terra. Desta forma a Base Lunar contará com diversos ambientes a serem trabalhados, pois toda a cadeia de sobrevivência humana virá dela, desde alimentação até o lazer.
Palavras-chave
base lunar, lua, arquitetura espacial