O aquecimento global na revista Veja
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Data
2010
Tipo de documento
Monografia
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Sociais Aplicadas
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Moser, Laís Campos
Orientador
Santos Neto, Helena Iracy Cerquiz
Coorientador
Resumo
Dentre as notícias sobre meio ambiente divulgadas nos últimos anos, o aquecimento global aparece como uma das pautas extremamente recorrentes. Não obstante, percebe-se certa uniformidade da mídia ao tratar desta questão, já que o enfoque é na maioria das vezes o mesmo e as fontes utilizadas repetem-se com muita frequência. Diante deste contexto, por meio dos pressupostos teóricos da Análise do Discurso de corrente francesa, procurou-se verificar que sentidos a Revista Veja, não sendo especializada em divulgação científica, produz nessa cobertura. Sendo assim, estabeleceu-se como objetivos pesquisar o pré-construído e as condições de produção de tal cobertura, e identificar os atravessamentos discursivos presentes, as heterogeneidades, o dito, o não dito, os silenciamentos e os efeitos de sentido. Comprovou-se como hipótese que o viés sensacionalista é iminente nas matérias de Veja sobre o assunto, que pesquisadores contrários ao aquecimento global antropogênico são silenciados, e que há um deslizamento de sentidos entre duas épocas dessa cobertura, antes do climagate e três meses após esse acontecimento. Para análise comparou-se dois momentos da revista: parte do que foi publicado sobre mudanças climáticas no ano de 2006 e parte do que foi veiculado após o climagate. Concluiu-se que há um efeito de sentido sensacionalista na cobertura de 2006, uma retomada da memória da mídia por ela mesma durante parte das notícias publicadas após o climagate e, por fim, observou-se um deslizamento de sentidos três meses após esse episódio, tendo em vista que Veja produziu um apagamento do discurso anterior e a formulação de um novo discurso
Palavras-chave
Análise do discurso, Aquecimento global