Alimentação a base de vegetais na prevenção e tratamento das doenças crônicas não transmissíveis e o impacto na saúde pública

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Data

2023-12

Tipo de documento

Artigo Científico

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Área do conhecimento

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Ritter, Ana Caroline
Macedo, Débora Vieira

Orientador

Oliveira, Omara Machado Araujo de

Coorientador

Resumo

O objetivo desse estudo é correlacionar o poder de uma dieta baseada em vegetais na prevenção e tratamento de doenças crônicas não transmissíveis, indo além da saúde individual, englobando a saúde pública e do meio ambiente. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, conduzida por meio de pesquisas realizadas nas bases de dados do Google Acadêmico, SciELO e PubMed, incluindo artigos científicos, bem como livros de nutrição, sites de órgãos governamentais e materiais associados, publicados pela Sociedade Vegetariana Brasileira, União Vegetariana Internacional, IBGE, International Diabetes Association e Organização Mundial da Saúde. Os resultados mostram que a globalização e industrialização levaram a uma mudança nos hábitos alimentares e ao aumento no consumo de produtos processados, ultraprocessados, carnes e demais alimentos de origem animal. A alimentação, além de fatores ambientais, fumo e inatividade física, estão associados com o aumento dos casos de Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), como obesidade, Diabetes Mellitus tipo 2, doenças cardiovasculares e hipertensão. Como consequência de mais pessoas acometidas por essas doenças, têm-se a maior necessidade do uso do sistema público de saúde, gerando uma sobrecarga, além de todos os custos diretos e indiretos. Ainda, pode-se associar esse novo padrão de alimentação a uma cadeia alimentar ineficiente, a qual gera muitos poluentes e consequentes danos ao meio ambiente. A alimentação à base de vegetais pode melhorar os quadros das DCNT, sendo eficiente na perda de peso e na melhora da sensibilidade à insulina, conforme mostra resultados de um estudo analisado. Por fim, conclui-se, que a adoção de uma dieta predominantemente baseada em vegetais pode representar uma resposta para os desafios enfrentados pela saúde pública, pois demonstra potencial para prevenir e, em alguns casos, até tratar as DCNT. Além disso, é imprescindível que a legislação brasileira avance impedindo propagandas e incentivos ao consumo de produtos nocivos à saúde, como os alimentos processados e ultraprocessados, a fim de dar prioridade e visibilidade às campanhas governamentais em prol da saúde da população. Uma nova rotulagem pode ser proposta para que todos possam estar cientes dos produtos que estão consumindo e que esses podem gerar danos a saúde.

Palavras-chave

Dieta vegetariana, Doenças crônicas não transmissíveis, Saúde pública, Longevidade

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