Feministas versus Militares
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Data
2022-12-13
Tipo de documento
Paper
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Sociais Aplicadas
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Bikel, Diane
Orientador
Forlin Pereira, Roberto
Coorientador
Resumo
O presente trabalho investiga a atuação dos movimentos feministas, que marcaram a luta das mulheres e tendem a ser esquecidos e minimizados, dentro da imprensa considerada clandestina, imprensa feminista, durante a ditadura civil militar no Brasil, período em que se usou o corpo, a sexualidade e a maternidade como formas de intensificar a tortura das mulheres militantes. O Mulherengo, podcast que materializa o estudo, propõe que todas as mulheres ganhem voz aos fatos ocorridos, para que sejam devidamente divulgados. Este trabalho, ainda, focaliza a experiência das feministas que fizeram parte do combate contra a ditadura e ao se tornarem ex-presas políticas procuraram a imprensa feminista como forma de dar continuidade na luta, mesmo que fazendo parte de outro grupo atacado: a imprensa. A partir de relatos de Amelinha Teles e Rosalina Santa Cruz costurados com duas historiadoras e especialistas no tema, Renata Cavazzana e Joana Maria Pedro destaca-se a coragem de dizer a verdade, mesmo em situações de risco, para seguir na luta feminista contra o período militar, permitindo a articulação do movimento até os dias atuais. O primeiro episódio deste projeto é chamado de Feministas versus Militares e mostra o embate, ainda que não “visível
aos olhos da sociedade”, entre as mulheres e o governo militar, ao trazer os traumas causados à elas que foram torturadas e tiveram sua individualidade arrancada, e mesmo nesta situação decidiram seguir na luta e ir conta o que pregava a ditadura civil militar fazendo parte de jornais alternativos e escrevendo textos que chegassem nas mulheres que não tinham acesso à informação, como a periferia, por exemplo. Durante a conversa, o podcast também propõe uma reflexão acerca de como era sobreviver no período dentro da imprensa feminista depois da prisão e traz uma comparação com os dias atuais no mundo.
Palavras-chave
ditadura militar, feministas