Conscientização e Avaliação da Aprendizagem na Educação Física Escolar: um Autoestudo
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Data
2023-10
Tipo de documento
Tese
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
MOREIRA, Vinícius dos Santos
Orientador
FREIRE, Elisabete dos Santos
Coorientador
Resumo
Este autoestudo, tecido pela teoria de Paulo Freire e pelas minhas experiências como professor pesquisador, emerge a partir do reconhecimento dos desafios inerentes à implementação de propostas de avaliação das aprendizagens durante as aulas de Educação Física escolar, que permitam acompanhar a aprendizagem dos estudantes e favoreçam o processo de conscientização. As políticas de avaliação implementadas no Brasil, com excesso de avaliações externas, a ineficiência das propostas de formação continuada, somadas às concepções tradicionais de avaliação da área, criam uma cultura avaliativa nas escolas que tende a classificar as crianças, com a reprodução de propostas avaliativas competitivas, expressas por meio de testes, provas ou análise de momentos pontuais das aulas e pouco contribuem para que professores e professoras, alunos e alunas, ressignifiquem seus conhecimentos. Almejando subverter essa lógica, o objetivo desta tese foi construir e analisar, junto com os estudantes, a avaliação da aprendizagem nas aulas de Educação Física escolar e identificar como essa construção coletiva impacta nosso processo de conscientização. Para possibilitar a produção de informações sistemáticas que permitissem repensar, reinterpretar e acessar valores implícitos à própria prática, este autoestudo foi realizado em uma escola da cidade de Santo André – SP, com 22 estudantes do quinto ano do ensino fundamental e contou com a colaboração de outro professor pesquisador que teve a função de amigo crítico. O entrelaçar desse processo se deu pela associação de diferentes instrumentos como: plano de ensino, notas de áudio, diários reflexivos, entrevistas semiestruturadas com estudantes, atividades produzidas durante as aulas e reunião com amigo crítico. A análise foi realizada a partir da triangulação das informações, com a utilização da análise temática, que se desdobrou em três temas: concepções em transitividade; dialogicidade dos processos avaliativos; despertar para mediação participativa da avaliação. Os desdobramentos desse processo mostram um movimento de trânsito das consciências que resultaram na ressignificação da minha prática-político-pedagógica e melhor compreensão de nosso processo de conscientização. Compreendi que é preciso manter postura vigilante contra atitudes e ações antidialógicas que nos escapam diante dos processos avaliativos e dos conhecimentos que as crianças expressam por meio das avaliações e as crianças demonstraram terem ampliado suas concepções e significados sobre a função das avaliações. Diante disso, passo a defender que é necessário inverter a lógica que prioriza as avaliações externas, para priorizar as avaliações da aprendizagem construídas por professores e estudantes mantendo seu caráter dialógico. Ao serem planejadas em colaboração, se faz necessário prever momentos de experiências significativas para as crianças, como compartilhamentos das experiências e seus aprendizados com a comunidade escolar e seus familiares, ou a partir experiências com jogos, brincadeiras, produção de figurinhas, produções artísticas, danças, apresentações teatrais, vídeos, produção de livros, gibis, álbuns, charges, entre outros, pois permitem além de revelar os aprendizados, a construção de novos conhecimentos.
Palavras-chave
Avaliação, Conscientização, Educação Física Escolar, Autoestudo