Mastocitoma cutâneo em canino: Relato de caso

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Data

2022-06-22

Tipo de documento

Relatório de estágio

Título da Revista

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Área do conhecimento

Ciências Agrárias

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Azambuja, Gabriela

Orientador

Oliveira, Mariana

Coorientador

Resumo

O mastocitoma é referenciado como o “grande” imitador por ter diversas apresentações, podendo imitar inúmeras lesões cutâneas. É uma neoplasia maligna, que atinge tecido cutâneo, na apresentação de tumor único. Seus principais sítios metastáticos relatados são: baço, fígado e linfonodos (DALEK et al., 2016). Provenientes dos mastócitos e pertencem ao grupo de neoplasias de células redondas, por apresentarem formato redondo a oval e possuírem núcleo esférico. Os mastócitos são células hematopoiéticas e agranulares que participam da cicatrização de feridas, respostas antiparasitárias, respostas imunes inatas e atenuação de várias toxinas de insetos e aranhas. Os mastocitomas, quando migram para o tecido conjuntivo, se desenvolvem em grânulos. Sua diferenciação e proliferação dependem do fator de crescimento - fator de células-tronco (SCF), o qual se liga ao receptor tirosina quinase (KIT) (METCALFE; MEKORI; ROTTEM, 1995; MUPHY, 2003; WILLMANN et al., 2019). Seus aspectos macroscópicos são visualizados em massas cutâneas, não encapsuladas, com cerca de 2 a 5 cm de diâmetro, podendo aumentar conforme liberação de histamina, a qual determina o grau de vermelhidão, prurido, eritema e úlceras (THANMN & VAIL, 2007). Estes sinais clínicos são provenientes da degranulação espontânea, ou podem ocorrer por trauma (WILLMANN et al., 2019). Localizados em geral em membros e tronco dos animais, com característica infiltrativa para camadas mais profundas da pele (DALEK et al., 2016) O diagnóstico presuntivo pode ser realizado no momento do exame físico, avaliando o aspecto, forma e tamanho dos linfonodos. A citologia aspirativa por agulha é considerada um bom método de diagnóstico presuntivo. As lâminas são coradas com coloração Wright-Giemsa ou azul de toluidina e demonstram o citoplasma basofílico abundante contendo numerosos grânulos que tipicamente coram roxo (WILLMANN et al., 2019). Exames complementares de imagem, como ultrassom e raio-X, auxiliam no estadiamento investigando a presença de metástases (LANGENBACH et al., 2000). 21 O diagnóstico definitivo de mastocitoma somente é definido por análise histopatológica. Pode-se definir prognóstico e tratamento, demarcando o grau e estágio da neoplasia através das características histomorfológicas (GUERRA, 2022). Existe na literatura duas graduações para definir o grau do tumor. O sistema de Patnaik (1984) avalia os mastocitomas em três níveis - grau I, grau II e grau III, o ultimo sendo o mais indiferenciado e portanto o mais maligno, já segundo Kiupel (2011), 2 níveis: mastocitoma baixo grau e alto grau, nesse último devem apresentar pelo menos um dos seguintes fatores: sete figuras mitóticas em 10 campos de 400 ×; ou três células multinucleadas (com três ou mais núcleos) em dez campos de 400 ×; ou três núcleos bizarros (núcleos muito atípicos, com endentações pronunciadas, segmentação e forma irregular) em 10 campos de 400 ×; ou presença de cariomegalia (WERNER et al., 2016). Para tumores classificados em baixo grau, que não demonstram prognósticos ruins, a ressecção deve ser feita com uma boa margem cirúrgica. Nos casos em que não é possível obter esta margem, a terapia adjuvante recomendada é a radioterapia, que pode ser eficaz na prevenção da recorrência da doença. Ainda, para tumores de alto grau, combinações de cirurgia, radioterapia, quimioterapia e inibidores de tirosina quinase podem ser o tratamento de escolha (WILLMANN et al., 2019).

Palavras-chave

Mastocitoma, pele, Canino, Neoplasia

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