Diplomacia da inovação: uma análise do acordo de salvaguardas tecnológicas entre Brasil e Estados Unidos

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Data

2021

Tipo de documento

Monografia

Título da Revista

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Área do conhecimento

Ciências Humanas

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

WASILEWSKI, Gabriel

Orientador

GALLO, Rafael

Coorientador

Resumo

O presente trabalho possui como objetivo analisar os desdobramentos de uma das parcerias internacionais mais tradicionais do Brasil: a relação bilateral com os Estados Unidos da América. Sob o signo da cooperação, buscamos compreender o histórico das relações desenvolvidas entre os dois países desde 1945 até o momento presente. Analisar-se-á como a diplomacia brasileira reage à novos conceitos emergentes na área das Relações Internacionais, principalmente a inovação como fenômeno impulsionado pelas ações estatais. Neste sentido, faremos um paralelo entre as políticas de inovação tanto no Brasil quando nos Estados Unidos, e abordaremos a Diplomacia da Inovação, uma iniciativa recente conduzida pelo Ministério das Relações Exteriores. Analisaremos o seu contexto de emergência, atores e perspectivas através de literatura produzida por diplomatas e pesquisadores acadêmicos brasileiros e norte-americanos. Como estudo de caso, optamos pela análise de um recente acordo de proteção de dados tecnológicos assinado entre os dois países. O Acordo de Salvaguardas Tecnológicas caracteriza-se como um ponto sensível desta relação bilateral e enfrentou debates intensos na esfera pública antes de ser aprovado em 2019. Por estar relacionado ao setor espacial, as análises deste trabalho se detiveram sobre as possibilidades de se desenvolver plenamente este setor no Brasil, bem como analisar perspectivas futuras para o Centro de Lançamento de Alcântara, as possibilidades de cooperação com os Estados Unidos e o papel fundamental da diplomacia neste processo. A metodologia utilizada baseia-se em revisão bibliográfica complementada por pesquisa documental. Os resultados obtidos demonstram que existem perspectivas favoráveis ao mercado bilionário de lançamento de foguetes e satélites que pode ser aproveitado pelo Brasil, mas a assinatura do Acordo não configura garantia de que haverá sucesso nessa empreitada. O investimento em ciência básica e a articulação entre Estado, empresas e universidades revelam a melhor maneira de se perseguir a inovação em um país e garantir o seu posicionamento como promotor de novas tecnologias, sobretudo no setor aeroespacial.

Palavras-chave

Diplomacia, Inovação, Programa espacial brasileiro, Hélice tríplice

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