Tendência temporal das histerectomias oncológicas no Brasil, de 2010 a 2020

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2022-12

Tipo de documento

Monografia

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso fechado

Editora

Autores

Lineburger, Alexandra Amin
Magajewski, Flávio Liberali
Sommacal, Luiz Fernando

Orientador

Magajewski, Flávio Liberali

Coorientador

Sommacal, Luiz Fernando

Resumo

Objetivo: analisar a tendência temporal das histerectomias por causas oncológicas no Brasil, no período 2010-2020. Métodos: estudo ecológico de tendência temporal com dados das histerectomias oncológicas de pacientes residentes nas diferentes regiões brasileiras, a partir do Sistema de Informação Hospitalar do Sistema Único de Saúde. A análise dos dados incluiu a regressão linear para estimar a variação anual das referidas cirurgias, analisar as mudanças e as tendências temporais ocorridas. Resultados: Considerando as variações anuais entre 2010 e 2020, houve um aumento médio de 4,74% no número de histerectomias oncológicas no país. A tendência de aumento temporal expressiva concentrou-se nas faixas etárias de 25 a 34 anos (Spearman=0,782; p=0,003) e, especialmente entre 35 e 44 anos (Spearman=0,820, p=0,001). O principal diagnóstico que levou a realização das referidas cirurgias foi o câncer de colo de útero, responsável por 45,96% dos procedimentos analisados e predominante em todos os anos estudados, seguido pelo câncer do corpo do útero (29,19%). As taxas de histerectomias entre estas neoplasias apresentaram comportamento oposto, com tendência temporal forte e significativa de redução das cirurgias por câncer cervical (Spearman=-0.764; p=0,001) e de aumento por câncer do corpo do útero (Spearman=0,845; p=0,001). Conclusão: Houve tendência de aumento nas taxas de histerectomia oncológica no Brasil, sobretudo em mulheres jovens (25 a 44 anos), principalmente por câncer de corpo de útero.
Main: to analyze the temporal trend of hysterectomies due to oncological causes in Brazil, from 2010 to 2020. Methods: ecological study of the temporal trend given by oncological hysterectomies of patients residing in different regions of Brazil, based on the Hospital Information System of the Unified Health System (SUS, in the Portuguese acronym). The analysis of two data included a linear regression to estimate the annual variation of the referred surgeries, analyze the changes and temporary trends. Results: concerning, the annual variations between 2010 and 2020, there was an average increase of 4.74% in the number of oncologic hysterectomies in the country. The increase in temporal trend was more significant in the age groups from 25 to 34 years (Spearman = 0.782; p = 0.003) and, especially between 35 and 44 years (β = 0.820, p = 0.001). The main diagnosis that leads to the performance of surgeries was cervical cancer, responsible for 45.96% of the procedures and was predominant in all years of the study, followed by uterine body cancer (29.19%). The hysterectomy rate between these parallel neoplasms showed opposite trend with a strong temporal trend and a significant decrease of cervical cancer surgeries (Spearman= -0.764; p = 0.001) and increase of uterine body cancer (Spearman= 0.845; p= 0.001). Conclusion: There was an increase tendency in oncologic hysterectomy rates in Brazil, especially in young women (25 to 44 years), mainly for uterine body cancer.

Palavras-chave

Neoplasias do colo do útero, Neoplasias do endométrio, Carcinoma Epitelial do Ovário, Neoplasias dos Genitais Femininos, histerectomia

Citação

Coleções