Alterações no exame de nasofibroscopia flexível e polissonografia em pacientes com apneia obstrutiva do sono
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Data
2021-06-18
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências da Saúde
Modalidade de acesso
Acesso embargado
Editora
Autores
Jeremias, Lisa
Orientador
Zapelinni, Carlos Eduardo
Coorientador
Resumo
Introdução: A Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é um distúrbio muito prevalente e subdiagnosticado que reduz a qualidade e expectativa de vida de seus portadores. Seu diagnóstico é confirmado através do índice de apneia-hipopneia (IAH), dado do exame de polissonografia (PSG). Na sua fisiopatologia, encontra-se alterações nas vias aéreas superiores que podem ser avaliadas através da nasofibroscopia flexível (NF).
Objetivo: Identificar as alterações presentes nos exames de NF e PSG em pacientes com AOS e correlacionar com o IAH.
Métodos: Estudo transversal, com dados coletados de laudos dos exames de NF e PSG de 81 pacientes com AOS, atendidos em um ambulatório de otorrinolaringologia em Tubarão –SC. Foram classificados em três grupos de acordo com o IAH e verificado a associação entre o desfecho –IAH- e demais variáveis de exposição (sociodemográfica e clínicas).
Resultados: 81 participantes, média de idade de 43,34 anos, 75,31% eram do sexo masculino, 41,98% possuíam apneia leve, 30,86% moderada e 27,16% apneia grave. Não se observou correlação estatisticamente significante entre os achados da NF e o IAH (p>0,05). Houve diferença entre a média de idade, número de episódios obstrutivos e saturação mínima entre os grupos com apneia grave e leve (p<0,05). Os pacientes com apneia grave apresentaram maior porcentagem de fase de sono 1 e menor tempo de sono REM em relação ao grupo de apneia leve (p<0,05). Obteve-se correlação positiva entre: os episódios obstrutivos com a fase 1 do sono (p<0,01) e idade (p<0,05); entre a saturação mínima e a fase 3 do sono (p<0,05). Verificou-se correlação inversa entre: os episódios obstrutivos com a saturação mínima (p<0,001), com a fase 3 do sono (p<0,01) e com o sono REM (p<0,01); entre a idade e a saturação mínima (p<0,01).
Conclusão: A AOS influencia diretamente na arquitetura do sono. As alterações de vias aéreas superiores são causa importante para o desenvolvimento de AOS e devem ser investigadas em pacientes com queixas de distúrbios respiratórios obstrutivos do sono.
Palavras-chave
Apneia Obstrutiva do sono, Polissonografia