Avaliação da habilidade de acadêmices (2015-2021) e de egresses (2018-2020), do curso de medicina no uso de formas de tratamento por meio de pronomes durante entrevista clínica

Autores

TOLENTINO, Debora Rodrigues
RODRIGUES, Filipe Marques
MOURA, Maíra Lopes Dos Santos
NILSEN, Sidmar Henrique Marques

Orientador

LIMA, Kelen Cristina Sant Anna de

Coorientador

MIRANDA, Tatiane

Resumo

A saúde sexual é considerada parte da integração dos aspectos físicos, emocionais, mentais e sociais das pessoas. Por estar inserida nas dimensões biopsicossociais do ser, é determinada como um dos objetos de estudo no campo da saúde. Na maioria das sociedades, as expressões da sexualidade ainda são alvo de normas morais, religiosas e científicas, que vão sendo apreendidas pelas pessoas desde a infância. Nesse contexto, ela envolve, além do corpo, a história, os costumes, as relações afetivas, a cultura e também a saúde do indivíduo. Dentre as formas de expressão da sexualidade humana, a identidade de gênero é a dimensão de como o indivíduo se enxerga quanto ao gênero masculino, feminino ou nenhum deles em seu meio cultural/social. A hipótese inicial do projeto é que a maioria dos cursos de Medicina ainda não inclui em seu currículo as especificidades do cuidado de pessoas não cis-binárias. Além do mais, a abordagem das especificidades e da atenção na saúde desses indivíduos no currículo do curso de Medicina ainda é deficiente. Há ainda a necessidade do desenvolvimento em pesquisas destinadas a essa parcela da população, haja visto que possuem demandas específicas em relação à saúde. Nesse âmbito, este estudo propõe verificar as habilidades médicas e acadêmicas em tratar pacientes com pronome adequado definido por eles/elas. Além disso, propõe-se identificar os perfis dos participantes quanto à idade, à identidade de gênero e ao ano de formação, bem como as possíveis especialidades médicas mais capacitadas em relação às competências da linguagem no tratamento dos pacientes e de suas diversidades. Somado a isso, este trabalho buscou avaliar o conhecimento dos participantes acerca da linguagem adequada no uso de formas de tratamento por meio de pronomes e identificar lacunas na formação médica em relação ao uso adequado dos pronomes para tratamento durante a entrevista clínica, além de verificar se os participantes se sentem preparades quando confrontades com as diversidades de população existentes. Foi, portanto, realizado um estudo com abordagem quantitativa, do tipo transversal, realizado por meio de questionário online autoaplicável, com uma amostra representativa de acadêmices de medicina do 1º ao 12º períodos de uma faculdade de Medicina da região metropolitana de Belo Horizonte (2015-2021) e médicos egresses dos últimos dois anos (2018-2020) da mesma faculdade. Este estudo mostrou que os egresses da instituição estudada enfrentam as barreiras de comunicação para realizar o acolhimento adequado à população LGBTQIA+.

Palavras-chave

barreiras de comunicação, identidade de gênero, sexualidade, minorias sexuais e de gênero, educação médica

Citação

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