Evidências de hemácias pinçadas em diagnósticos de pacientes com COVID-19
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Data
2022-12-06
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências da Saúde
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Silva, Guilherme Henrique Viana da
Barbosa, Giovana Ketry Santos
Orientador
Neto, Moacir Fernandes de Queiroz
Coorientador
Resumo
A síndrome respiratória aguda grave causada pelo novo coronavírus (SARS Cov-2), pertencente à família Coronaviridae e ordem Nidovirales, teve uma rápida evolução de uma doença pandêmica, alguns dias após o surgimento dos primeiros casos registrados em Wuhan, República Popular da China, com impactos hematológicos decorrentes do coronavírus datados a partir dezembro de 2019. Diversos fatores foram contribuintes para a fácil proliferação da doença, como o alto índice de reprodução básica e a sua elevada taxa de transmissibilidade, impactando significativamente a saúde humana. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a infecção causada pelo COVID-19 já afetou cerca de 532 milhões de pessoas e causou 6,3 milhões de mortes em todo o globo. A referida doença costuma se tornar mais grave em pacientes que possuem alguma comorbidade, tais como diabetes, hipertensão e obesidade, no entanto já temos registros de mais de 33 milhões de pessoas recuperadas da infecção, o que demonstra um avanço dentro deste desafio global. Segundo a OMS, a infecção pelo vírus SARS-CoV-2 que causa a COVID-19, é capaz de reprimir o nível de oxigênio no sangue dos pacientes. Mesmo aqueles que não relatam a falta de ar, podem apresentar diminuição crítica e silenciosa da saturação de oxigênio sanguíneo transportado pelas hemácias para os órgãos e tecidos do corpo, comprometendo, assim, o seu funcionamento. Distúrbios nestes eritrócitos são capazes de ocasionar alterações no formato das hemácias (poiquilocitose), possivelmente relacionado a hemólise oxidativa presente em alguns casos de pacientes positivados, sendo resultado do estresse oxidativo provocando danos nas membranas das hemácias através das citocinas liberadas por meio da cascata progressiva de inflamação, mecanismo fisiológico este que é alusivo ao o surgimento de mushroom-shaped red blood cells (hemácias em forma de cogumelo). A deficiência da proteína de membrana Banda-3 também pode ocasionar o surgimento de hemácias em formato de cogumelo, similarmente classificadas como células em pinça (pincer-like cells).
Palavras-chave
Coronavírus, poiquilocitose, inflamação, estresse oxidativo