Doença periodontal e complicações obstétricas: uma revisão integrativa de literatura

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Data

2022-12-14

Tipo de documento

Artigo Científico

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Lima, Bárbara Laisa Marques
Santos, Clara Aymeê Nascimento dos
Carvalho, Mariane de Souza

Orientador

Carvalho, Fábio Luiz Oliveira de

Coorientador

Resumo

Sabe-se que a ausência de cuidados com a saúde bucal é um fator corriqueiro durante o período gestacional, tendo em vista que neste período a mulher apresenta uma frequência maior na alimentação, dificuldade de higienização e tendência ao vômito. Consequentemente, este hábito acaba propiciando o surgimento de algumas patologias orais. À vista disso, a doença periodontal é uma patologia comum, que afeta grande parte dos indivíduos. É caracterizada pelo acúmulo de microrganismos quando não há uma higienização correta, e seu estágio inicial se dá por uma inflamação dos tecidos gengivais, com sinais clínicos como sangramento, placa bacteriana, vermelhidão e edema. Quando não tratada, a gengivite progride para a periodontite, que é definida por um processo irreversível, que leva à perda das estruturas de suporte e bolsa periodontal. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo geral, apresentar a relação entre a doença periodontal e possíveis complicações obstétricas, como o parto pré-termo e o baixo peso ao nascer. O método utilizado foi o levantamento bibliográfico de artigos publicados, entre os anos 2012 e 2022, nos idiomas português e inglês, nas bases de dados SciELO, PubMED e Periódicos. Partindo desse viés, os estudos apontaram que durante o período gestacional, o corpo da mulher passa por mudanças anatômicas, psicológicas, fisiológicas e hormonais, dentre elas estão o aumento da progesterona e estrógeno, hormônios fundamentais neste período para a manutenção da gestação. No entanto, quando aliados à doença periodontal préexistente, é capaz de provocar complicações para o feto, como o parto pré-termo (antes da 37ª semana de gestação) e o baixo peso ao nascer (lactentes nascidos abaixo de 2500 gramas). Isso pode ocorrer por vias diretas, que se dão pela inserção das bactérias à unidade fetoplacentária através do trato urogenital ou via hematogênica; ou por via indireta, que ocorre através da produção exacerbada de mediadores inflamatórios frente à presença mínima de microrganismos, dentre eles estão a citocina Fator de Necrose Tumoral Alfa (TNF-a) e Prostaglandinas E2 (PGE2), que por via hematogênica são capazes de promover danos à gestação e ao período gestacional. Tais complicações reforçam ainda mais a necessidade do pré-natal odontológico e de programas de conscientização para este grupo.

Palavras-chave

Doença periodontal, Gestantes, Complicações obstétricas

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