Relação entre atuação profissional e saúde mental de conselheiros tutelares de uma cidade do norte de Santa Catarina

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Data

2023-12

Tipo de documento

Artigo Científico

Título da Revista

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Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências Humanas

Modalidade de acesso

Acesso fechado

Editora

Autores

CARVALHO, Eduarda Ribeiro
LUNELLI, Fernanda
HARBATINK, Kelli Caroline

Orientador

BORGES, Claudia Daiana

Coorientador

Resumo

O Conselho Tutelar é uma instituição que visa a garantia e proteção de direitos das crianças e adolescentes; os Conselheiros Tutelares atuam diretamente com famílias, entidades civis e órgãos públicos. Entre os desafios da profissão, a exposição contínua destes profissionais a situações de violências, abusos e negligência exige investimento cognitivo e emocional, podendo ocasionar sofrimento e desgaste psíquico, impactando a saúde mental. Mediante tais fatores, este estudo teve como objetivo compreender as percepções de Conselheiros Tutelares de uma cidade do Norte de Santa Catarina sobre a relação entre seu trabalho frente à violação de direitos infanto-juvenis e as possíveis repercussões em sua saúde mental. A pesquisa realizada foi descritiva de natureza qualitativa, com três Conselheiras Tutelares atuantes. A coleta de dados se deu através de entrevista semiestruturada e a análise dos dados coletados foi feita utilizando a metodologia de análise de conteúdo. Os resultados demonstram que as características do trabalho causam mobilizações emocionais decorrentes do contato direto com violações dos direitos infantojuvenis, demandando alto investimento emocional dos profissionais mediante os desafios inerentes à função, incluindo exigências burocráticas, morosidade do sistema e as responsabilidades perante a tomada de medidas protetivas legais. Destacaram-se como essenciais as habilidades socioemocionais e de resiliência apresentadas pelas participantes na promoção do bem-estar. Ficou evidenciado a insuficiência de suporte psicológico e de capacitação disponíveis às Conselheiras Tutelares tanto para manutenção da saúde mental quanto para o aperfeiçoamento profissional continuado.
The Guardianship Council is an institution that aims to guarantee and protect the rights of children and adolescents. Guardianship Councilors work directly with families, civil entities and public services. Among the challenges of the profession, the continuous exposure of these professionals to situations of violence, abuse and neglect requires cognitive and emotional investment, which can cause suffering and psychological exhaustion, impacting mental health. Based on these factors, this study aimed to understand the perceptions of Guardian Counselors from a city in the North of Santa Catarina about the relationship between their work in relation to the violation of children's rights and the possible repercussions on their mental health. The research carried out was descriptive and qualitative in nature, with three active Guardianship Counselors. Data collection took place through semi-structured interviews and the analysis of the collected data was carried out using the content analysis methodology. The results demonstrate that the characteristics of the occupation causes emotional mobilizations resulting from direct contact with violations of children's rights, demanding high emotional investment from professionals due to the challenges inherent to the role, including bureaucratic demands, unwillingness of the public system and their own responsibilities for taking measures of legal protection. The socio-emotional and resilience skills presented by the participants in promoting well-being stood out as essential. The evidence supporting insufficiency of psychological support and training available to Guardianship Counselors aiming to maintain mental health and continued professional development was noticeable.

Palavras-chave

conselheiros tutelares, violação de direitos, saúde mental

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