Análise da eficácia da cinesioterapia e utilização de recursos fisioterapêuticos nas disfunções do assoalho pélvico pós-parto

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Data

2023-12

Tipo de documento

Artigo Científico

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Área do conhecimento

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

DIAS, Pamela de Paula de Souza
OLIVEIRA, Hugo Henrique Amaral De
CONDE, Kelly Rose Dos Santos Monteiro
OLIVEIRA, Manuela Rodrigues De

Orientador

AUGUSTO, Leonardo Silva

Coorientador

OLIVEIRA, Tadeu Emanuel Prado

Resumo

Resumo: A disfunção do assoalho pélvico em mulheres abrange diversas categorias, predominantemente originadas por fatores como lesões, disfunção das estruturas de suporte na região pélvica e degeneração, podendo resultar em incontinência urinária, prolapso de órgãos pélvicos, dificuldades sexuais, dor crônica na área pélvica e até mesmo incontinência fecal, todos esses impactando significativamente a qualidade de vida das mulheres. A gravidez é um dos principais fatores de risco associados a essa disfunção. As mudanças no assoalho pélvico, tecidos conectivos e sistema reprodutivo durante a gravidez estão relacionadas ao crescimento fetal e ao parto. Objetivo: Comparar a eficácia de Recursos Físicos (eletroestimulação e biofeedback) e Cinesioterapia no tratamento das disfunções do assoalho pélvico em mulheres pósparto, tendo como desfecho a melhora dos sinais e sintomas, força e resistência muscular do assoalho pélvico. Métodos: As buscas dos artigos foram feitas nas bases de dados PEDro e PubMed, com critérios de elegibilidade que incluíam ensaios clínicos randomizados (ECRs), publicados em inglês, e a partir de 2018, com uma pontuação mínima 6/10 na escala PEDro. Considerados estudos que envolviam tratamentos que utilizavam eletroestimulação, biofeedback e cinesioterapia, independentemente de estarem associados a outras formas de terapia, sendo excluídos os demais artigos que tratavam exclusivamente de outras formas de tratamento. Incluídos apenas estudos que envolviam mulheres puérperas com disfunção do assoalho pélvico. Resultados: Foram selecionados ao início 854 artigos, que posteriormente passaram por uma avaliação dos critérios de elegibilidade, e ao final ficaram 6. Dois Ensaios clínicos Randomizados estudaram os efeitos do treinamento muscular do assoalho pélvico para melhora das disfunções em mulheres pós-parto, três utilizaram técnicas de eletroestimulação e biofeedback, e um estudo fez comparação entre o treinamento muscular do assoalho pélvico e a utilização do biofeedback. Discussão: A revisão destacou a eficácia tanto da cinesioterapia quanto de recursos físicos (eletroestimulação e biofeedback) na melhora da força e resistência muscular do assoalho pélvico. A abordagem combinada de cinesioterapia e recursos físicos mostrou-se mais eficiente na restauração das disfunções do assoalho pélvico do que a cinesioterapia isoladamente, já que mesma não demonstrou melhora significativa na incontinência fecal. Os recursos físicos foram eficazes na melhora das disfunções e teve destaque em casos de musculatura severamente comprometida e fraca, ao passo que a cinesioterapia enfrenta desafios também nesse sentido. Conclusão: Ambas as abordagens (cinesioterapia e recursos físicos) podem ser benéficas para pacientes com Disfunção do Assoalho Pélvico pósparto, porém a utilização de eletroestimulação e biofeedback, combinados ou não, proporcionou resultados mais expressivos na melhoria global dos sintomas associados ao DAP.

Palavras-chave

incontinencia urinaria, distúrbio do assoalho pélvico, fisioterapia, pós-parto, reabilitação, saúde da mulher

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