Intervenções artísticas e musicais no tratamento psiquiátrico: uma revisão histórica
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Data
2023-06-15
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências da Saúde
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
RIBEIRO, Daniella De Lourdes Baggio Rehfeld
VELOSO, Júlia Boaventura
PEREIRA, Luísa Bambirra
MENANDRO, Luana Gontijo Barbosa
REZENDE, Rainer Patricio Alencar
Orientador
MEDINA, Fernanda
Coorientador
Resumo
O tratamento de transtornos mentais tem se modificado e adquirido formas mais humanizadas, dentre as estratégias adotadas nesse sentido tem-se o uso da arte como terapia, visando a qualidade de vida dos pacientes. A arteterapia, como terapia complementar e alternativa terapêutica não farmacológica, tem sido utilizada como intervenção, tendo bons efeitos clínicos nos transtornos mentais. Destaca - se o pioneirismo do médico psiquiatra alemão Hans Prinzhorn, ao reconhecer a qualidade estética das criações elaboradas por portadores de transtornos mentais, assim como sua influência sobre importantes precursores da arteterapia no Brasil, como Osório César e Nise da Silveira. Hans Prinzhorn foi, acima de tudo, um precursor do pensamento crítico em Psiquiatria, não considerava as produções plásticas dos doentes como elementos sintomáticos, úteis para o diagnóstico da doença, ao contrário, priorizava a atitude estética da produção. Prinzhorn teve grande influência de nas descobertas e revoluções no cenário da psiquiatria mundial. Objetivos: Comparar o uso da arteterapia ao longo da história, mediante uma linha do tempo, de elaboração própria. Material e Métodos: Pesquisa descritiva e desenvolvimento de revisão bibliográfica, consultando-se bases de dados científicas da área médica tais como Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), UpToDate, EMBASE, Web of Science, Scielo e LILACS e buscando artigos científicos com o uso dos descritores “arteterapia”, "Assistência à Saúde Mental”, “terapia pela arte” e “psiquiatria”. Para a seleção das fontes, foram aplicados critérios de inclusão e exclusão. Resultados e Discussão: Existem diversas aplicações da arte como processo terapêutico no tratamento de afecções psíquicas como a esquizofrenia. Esse método foi aplicado por diversos psiquiatras e estudiosos da área nos últimos séculos que a aprimoraram e contribuíram para sua aplicação na ciência mundial. Dentre estes, Hanz Prinzhorn, Nise da Silveira e Osório César são destaques uma vez que foram pioneiros de suas épocas. Hoje, a arteterapia é aplicada em Centros de Atenção Psicossociais como parte do projeto terapêutico de pacientes. Nos artigos notaram a melhora em áreas da vida dos usuários, sendo elas: empoderamento, sociabilidade e minimização de aspectos negativos da doença, expressividade, autodescoberta, ampliação de competências pessoais, reconquista da esperança, concretização de planos. Conclusão: A arte tem a capacidade de reparar o psiquismo. A arteterapia como ferramenta na saúde mental tem seu potencial em aprimorar a prática clínica de profissionais da área e intensificar o bem-estar de pessoas com transtornos mentais. O uso da arteterapia é de suma importância para a comunidade científica visto que auxilia no processo de inserção dos pacientes psiquiátricos na sociedade. Isso porque o processo terapêutico coloca o usuário como indivíduo ativo que, por representações artísticas, explora sua psique e seus sentimentos.
Palavras-chave
arteterapia, saúde mental, psiquiatria