Adição exógena de espermidina modula os teores de açúcares em cana-de-açúcar cultivada in vitro?

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Data

2023-12

Tipo de documento

Artigo Científico

Título da Revista

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Área do conhecimento

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

CARVALHO, Gabrielle Viana de
FONCECA, Barbara Moreira

Orientador

OLIVEIRA, Lauana Pereira de

Coorientador

MALONE, Camila Franciele da Silva

Resumo

Segundo a ONU, em 2050, a população mundial será de aproximadamente 9,7 bilhões de pessoas. Com isso, haverá aumento nas demandas de uso de terra, alimentos e fontes de energia para manter as atividades humanas. Se nenhuma ação for tomada, isso implicará no aumento dos níveis de emissão de dióxido de carbono (CO2) e gases de efeito estufa (GEE), resultando em perdas na agricultura, principalmente na produção de alimentos e energia. Nos últimos anos, o setor de transporte, através do uso de combustíveis fósseis foi responsável por produzir 7,0 GtCO2eq das emissões globais de GEE, ressaltando a importância e urgência na adoção de estratégias sustentáveis para o setor. Neste sentido, o bioetanol derivado da cana-de-açúcar (Saccharum spp) é uma das principais fontes de energia sustentável que contribui para a diminuição das emissões de carbono. A produção é derivada principalmente da fermentação da sacarose, principal açúcar armazenado no colmo da cana-de-açúcar, e apesar de ser uma característica bem estudada, os mecanismos moleculares e bioquímicos que coordenam o metabolismo de carboidratos não é totalmente compreendido. Em outras espécies, a adição exógena de espermidina, um hormônio vegetal, estimula a produção de sacarose através da ativação da sacarose-fosfato-sintase (SPS). No entanto, ainda não está claro como isso ocorre para a cana-de-açúcar. O objetivo do nosso trabalho foi investigar se a adição exógena de espermidina aumenta os teores de sacarose em cana-de-açúcar. Para isso, foi realizado um experimento com diferentes concentrações de espermidina: controle (sem espermidina), [0,5mM] e [2mM]. As coletas ocorreram em intervalos de 6 horas, 24 horas, 7 dias, 15 dias e 30 dias após a adição da espermidina e foram analisadas as trocas gasosas, peso fresco e seco, além dos níveis de açúcares solúveis e amido nas plantas de cana-de-açúcar. Destaca-se que a aplicação de espermidina exógena aumentou os teores de carboidratos não estruturais e do amido através de um mecanismo ainda não elucidado para a cana-de-açúcar.

Palavras-chave

Bioetanol, Cana-de-açúcar, Espermidina, Sacarose

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