Análise da evolução temporal da leishmaniose visceral no Brasil

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Data

2020

Tipo de documento

Artigo Científico

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Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso embargado

Editora

Autores

Porto, Gabriel

Orientador

Magajewski, Flávio Ricardo Liberali

Coorientador

Resumo

Objective: Visceral Leishmaniasis - LV is a zoonosis caused by protozoa of the genus Leishmânia, being reservoirs dogs, foxes and marsupials, and vectors the mosquitoes Flebotomíneos. It is considered by WHO to be a neglected disease. In 2017, 95% of cases in the world were concentrated in just 10 countries, Brazil being one of them. Methods: An ecological, descriptive, observational study focusing on the analysis of VL morbidity and mortality in Brazil, between 2009 and 2018, using the Diseases and Notification Systems (SINAN) and the Mortality Information System (SIM) as data sources. . Results: In the period between 2009 and 2018, 37,499 cases and 2,821 deaths from VL in the country were confirmed. There was a trend towards stability in the evolution of the disease, except in the Midwest Region, which showed a decrease in the incidence of cases. Males had a relative risk twice as high as females. The North region had the highest rates. As for mortality, the male gender was also more prevalent and the elderly aged 80 and over had the highest rates. Conclusion: VL is still a public health problem in the country because of its endemic character and because it affects young and vulnerable populations. Despite the stability in its evolution in the last decade, the disease showed an increase in mortality in the Northeast and South Regions, a region that also showed an increase in lethality in the period. Measures that contribute to the prevention of new cases and timely treatment should be expanded to face this endemic disease in Brazil.
Introdução: A Leishmaniose Visceral - LV é uma zoonose causada por protozoários do gênero Leishmânia, sendo reservatórios os cães, raposas e marsupiais, e vetores os mosquitos Flebotomíneos. É considerada pela OMS uma doença negligenciada. Em 2017, 95% dos casos no mundo se concentraram em apenas 10 países, sendo o Brasil um deles. Métodos: Estudo observacional do tipo ecológico, descritivo com foco na análise da morbimortalidade da LV no Brasil, entre 2009 a 2018, tendo como fontes de dados o Sistemas de Agravos e Notificações (SINAN), e o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Resultados: No período entre 2009 e 2018, foram confirmados 37.499 casos e 2.821 mortes por LV no país. Houve tendência de estabilidade na evolução da doença, exceto na Região Centro-oeste, que apresentou queda na incidência de casos. O sexo masculino apresentou um risco relativo duas vezes maior que o feminino. A região Norte apresentou as maiores taxas. Quanto à mortalidade, o sexo masculino também foi mais prevalente e os idosos com 80 anos ou mais apresentaram as maiores taxas. Conclusão: A LV ainda é um problema de saúde pública no país por seu caráter endêmico e por afetar populações jovens e vulneráveis. Apesar da estabilidade em sua evolução na última década, a doença apresentou tendência de crescimento da mortalidade nas Regiões Nordeste e Sul, região que também apresentou crescimento da letalidade no período. Medidas que contribuam com a prevenção de novos casos e o tratamento oportuno devem ser ampliadas para o enfrentamento desta endemia no Brasil.

Palavras-chave

Leishmaniose Visceral, Epidemiologia, Brasil

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