Papel da fisioterapia nas possíveis disfunções pélvicas em mulheres de abuso sexual

Nenhuma Miniatura disponível

Data

2023-06-23

Tipo de documento

Artigo Científico

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Lopes, Sarah
Jardim, Mariana

Orientador

Ferreira, Lívia

Coorientador

Nogueira, Kethlin

Resumo

O termo "violência sexual" refere-se a atos ou tentativas de natureza sexual que são realizados sem consentimento e violam os direitos fundamentais de liberdade, respeito e dignidade do indivíduo. Esse tipo de violência é uma realidade universal que causa danos físicos e psicológicos às vítimas, sendo as mulheres as mais afetadas. A violência sexual pode causar danos físicos imediatos, como gravidez indesejada, infecções e doenças sexualmente transmissíveis, além de consequências a longo prazo, como disfunções ginecológicas e traumas relacionados à sexualidade, transtornos psiquiátricos e danos emocionais irreversíveis. A fisioterapia desempenha um papel importante no tratamento das mulheres que sofreram violência sexual, atuando na prevenção e no tratamento de possíveis problemas decorrentes, como incontinência urinária, prolapso de órgãos pélvicos, vaginismo, disfunções sexuais e alterações na aceitação corporal. O estudo teve como objetivo verificar através das avaliações feitas a eficácia dos tratamentos fisioterapêuticos na melhora das possíveis disfunções pélvicas que mulheres podem desenvolver após abuso sexual. O intuito do estudo foi realizar uma revisão integrativa da literatura, por meio da seleção de artigos das bases de dados PubMed, PEdro e Scielo. A estratégia de busca utilizada foi: (1) “Pelvic Floor Dysfunction and Sexual Abuse”, (2) “Physiotherapy and Pelvic Dysfunction”, (3) “Pelvic Floor and Sexual Abuse”, (4) “Urinary Incontinence and Sexual Abuse”, (5) “Sexual Violence and Pelvic Dysfunction”, (6) “Prolapse and Pelvic Dysfunction”, (7) “ Vaginismus”. O intervalo da busca se deu entre os anos de 2012 e 2023, perante resultados encontrados. Após as análises dos artigos dentro dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 3 estudos para a revisão. Os artigos selecionados tratam-se de estudos controlados randomizados e longitudinal prospectivo. Como resultados, relataram que através de intervenções como a fisioterapia miofascial, exercícios hipopressivos e estimulação elétrica, é possível promover melhorias na força muscular do assoalho pélvico, alívio da dor pélvica crônica e redução dos sintomas de incontinência urinária e disfunção sexual. No entanto, são necessárias mais pesquisas e estudos randomizados para avaliar a eficácia e os benefícios específicos da fisioterapia nesse contexto. É fundamental intensificar as políticas públicas de saúde para combater a violência sexual e suas consequências, além de garantir o acesso a um atendimento adequado e digno para as vítimas.

Palavras-chave

assoalho pélvico, pelve, músculos pélvicos, saúde pélvica, vagina, músculos vaginais, disfunções pélvicas, estupro

Citação

Coleções