Candida auris x pandemia da COVID-19: uma relação perigosa
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Data
2021-12-10
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Biológicas
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Santos, Joana Darc Silva
Santos, Matheus Silva
Moreira, Juliana Batista Fama
Orientador
Queissada, Daniel Delgado
Coorientador
Resumo
A levedura Candida auris é um comensal comum do trato gastrointestinal de humanos, embora já tenha sido isolada em outros locais do corpo (como pele e unhas). Além disso, é descrito como um fungo oportunista e multirresistente do filo Ascomycota, que foi identificado pela primeira vez em 2009, no Japão. Destaca-se que a taxa de mortalidade dos pacientes infectados varia entre 30 e 72%, fato preocupante que enfatiza a importância do controle dessa. O estudo em questão tem como objetivo principal, através de uma revisão bibliográfica sistemática, descrever as infecções originadas pela Candida auris, levantando as principais informações para esclarecimento de um possível cenário pandêmico. Desta forma, abordando as principais formas de contágio, sua fisiopatologia, e a relevância do seu diagnóstico para detecção e intervenção da infecção no cenário pandêmico da COVID-19, a fim de inspirar estratégias para a redução significativa da incidência. O levantamento bibliográfico foi baseado em artigos das respectivas bases de dados: PubMed, MEDLINE, Scielo e Elsevier, seguindo como critério de inclusão a relevância do artigo relacionado ao tema, publicados nos últimos 5 anos (com exceções de trabalhos altamente relevantes e clássicos), nos idiomas português e inglês. Após a ascensão do SARS-CoV-2, o número de casos envolvendo C. auris aumentaram em todo o mundo, ambos foram identificados em superfícies de ambientes hospitalares, incluindo grades de proteção, postes de soro, leitos, dutos de ar-condicionado, janelas e pisos, implicando em possíveis nichos de colonização da levedura, e, consequentemente, possíveis infecções em pacientes contaminados com o coronavírus que utilizem aparelhos de ventilação mecânica e ventiladores de manejo assistido. A associação entre COVID-19 e infecções fúngicas pode ser multifatorial em decorrência da gravidade da doença e uso prévio de antibióticos e corticoides que tem efeito imunossupressor sobre neutrófilos e macrófagos. Diante da escassez de informações sobre a relação entre C. auris e COVID-19, fica evidente a necessidade de novos estudos no Brasil e no Mundo, no intuito de fortalecer a atenção dada pelos órgãos responsáveis ao rastreamento do patógeno.
Palavras-chave
Candida auris, COVID-19, infecção, pandemia