Invisibilizadas pelo cárcere: narrativa de uma mulher mãe sobre a experiência de situação prisional de seu filho

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Data

2020

Tipo de documento

Artigo Científico

Título da Revista

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Área do conhecimento

Ciências Humanas

Modalidade de acesso

Acesso embargado

Editora

Autores

Guarize, Amanda Martins

Orientador

Kerry, Daniel dos Santos

Coorientador

Resumo

Esse artigo apresenta uma análise dos sentidos atribuídos por uma mulher-mãe à situação prisional de seu filho. Participou da pesquisa uma mulher-mãe, residente do estado de Santa Catarina, com um filho que se encontrava em situação prisional há mais de um ano. Utilizou-se de uma abordagem qualitativa, exploratória e de corte transversal. Como procedimento de escuta da narrativa, foi realizada uma entrevista semiestruturada a partir da qual se solicitou à participante que narrasse sua experiência como mãe de um filho em situação prisional. A narrativa foi analisada a partir da perspectiva teórico-metodológica da “análise de práticas discursivas e de produções de sentidos”, tal como proposta por Spink (2013). A análise evidencia os sentidos atribuídos ao sistema prisional brasileiro; à lógica encarceradora e punitiva do Estado; aos modos de vinculação com o filho encarcerado; aos modos de lidar com o estigma de ter um filho encarcerado; às práticas institucionais da prisão no contexto da pandemia do novo coronavírus; e aos efeitos psicossociais da violência de Estado. Considera-se que a narrativa denuncia as violências vivenciadas, advindas do Estado e dos civis, pelos familiares por conta do estigma construído socialmente sobre eles. E destaca que as redes de apoio entre os familiares tornaram-se participantes ativos do processo de construção dos sentidos sobre a experiência de ter um familiar em situação prisional.

Palavras-chave

Mulher-mãe, Família, Encarceramento, Situação Prisional

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