Relatório de Estágio Curricular Supervisionado

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Data

2022-12-20

Tipo de documento

Relatório de estágio

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências Agrárias

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Silva, Taison Jardim da

Orientador

Moreira, Christian

Coorientador

Resumo

O estudo da programação fetal surgiu na Inglaterra em humanos, após a segunda guerra mundial, com filhos de mulheres que passaram por déficits nutricionais. Perceberam que esses indivíduos desenvolveram mecanismos fisiológicos para se adaptarem à situação de “baixa nutrição” materna, mecanismos que influenciaram esses mesmos indivíduos ao longo de toda sua vida (BARKER et al., 1993; GODFREY; BARKER, 2001). Em animais de produção, o termo programação fetal é relativamente novo e compreende os processos ou mecanismos de adaptação, na nutrição materna e nos fatores fisiológicos que influenciam o desenvolvimento do feto, podendo ocasionar mudanças metabólicas que vão permanecer durante toda a sua vida. A trajetória e o crescimento fetal estão relacionados aos efeitos diretos e indiretos na nutrição da mãe, mesmo nos terços iniciais da vida embrionária gestacional, mesmo quando as exigências nutricionais fetais ainda são muito pequenas, podendo a carência nutricional de vacas gestantes, afetar diretamente a vida embrionária. Os estímulos durante o desenvolvimento do embrião, é chamado de programação fetal. Com isso observamos que na formação do tecido muscular, o período fetal é crítico, porque não ocorre o aumento do número de fibras musculares após o parto (GREENWOOD et al., 2000; NISSEN et al., 2003; BEE, 2004). Sendo assim, observou-se que nos dois primeiros terços iniciais da gestação, é onde se tem apenas 25% do crescimento fetal e a formação de órgãos vitais, acredita-se que é o terço final o período mais importante para a programação fetal, ocorrendo o crescimento de 75% do feto e após o nascimento, é onde ocorrera hipoplásica das fibras, processo fisiológico denominado hipertrofia. Deficiência de proteína e energia durante as fases da gestação têm efeitos negativos sobre o crescimento e desenvolvimento muscular no período fetal e sobre o peso ao nascimento. Uma restrição de energia no início até meados da gestação acarretou uma diminuição de fibras secundárias no músculo fetal, quando comparado ao número de fibras primárias (ZHU et al., 2006). Tratando-se de produção na bovinocultura de corte, o objetivo principal é a produção de carne com isso levou-se em consideração a produção de animais com maior desempenho muscular e de qualidade, entremeando teor de gordura entre as fibras musculares(marmoreio). Porém existem poucos estudos relacionados ao crescimento e ao desenvolvimento pós-natal das espécies animais, em relação aos componentes específicos da dieta em relação à gestação, como por exemplo, o uso da proteína como no desempenho e o crescimento gestacional. Este trabalho tem como objetivo estudar e relatar a influência da nutrição materna na produção de fibras musculares e teor de gordura fetal no terço final da gestação em bovinos de corte.

Palavras-chave

Programação fetal, Distocias

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