A influência da fisioterapia no autoconhecimento do assoalho pélvico e sua importância na autonomia feminina durante o trabalho de parto.
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Data
2021-12-01
Tipo de documento
Monografia
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências da Saúde
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
MARIANA SANTANA DOS SANTOS
Orientador
Carvalho, Fabio Luiz Oliveira de
Coorientador
Resumo
Observa-se que, antigamente, os partos consistiam em uma prática domiciliar e as
mulheres eram centro desse momento, todavia, com os avanças técnicos e científicos,
o parto tornou-se um evento institucionalizado, com o objetivo de promover
segurança, em contrapartida, as mulheres deixaram de ser sujeitas ativas e se
tornaram passivas. Diante desse papel passivo, tem-se notado que existe uma falta
de conhecimento entre as mulheres sobre o trabalho de parto e, principalmente, sobre
seu corpo, e o autoconhecimento do assoalho pélvico é fundamental para um trabalho
de parto mais seguro e eficaz, além de promover a autonomia feminina durante esse
momento. O presente estudo tem como objetivo geral compreender como a
fisioterapia pode auxiliar no autoconhecimento do assoalho pélvico associado à sua
contribuição na autonomia feminina durante o trabalho de parto, prevenindo os casos
de violência obstétrica, e como objetivos específicos, conhecer a anatomia do
assoalho pélvico, descrever as alterações biomecânicas e fisiológicas durante a
gestação, relatar a biomecânica durante o trabalho de parto, apresentar os recursos
dentro da fisioterapia que podem promover o autoconhecimento do assoalho pélvico,
expor sobre a violência obstétrica e apresentar sobre o parto humanizado e autonomia
feminina sobre seu corpo. A monografia foi realizada entre os meses de agosto e
novembro de 2021, quando, durante esse período, houve uma pesquisa embasada
no tema do trabalho nas seguintes bases de dados: SciELO, MEDLINE/PubMed,
PEDro e BVS, entre os anos de 2012 e 2021, com exceção de três obras com
publicação anterior ao ano de 2012. Salienta-se que os estudos evidenciaram que a
maioria das mulheres possui um conhecimento insuficiente sobre o assoalho pélvico,
além da gestação e do trabalho de parto. Essa falta de conhecimento está muito
associada a fatores culturais, socioeconômicos e de nível de educação. Em suma,
observou-se que as mulheres que têm acesso à informação de qualidade possuem
mais autonomia durante o parto, levando à prática de um parto humanizado e
reduzindo os casos de violência obstétrica, o que, por conseguinte, diminui também a
morbimortalidade. Mediante o exposto, o profissional da fisioterapia surge como um
importante aliado, podendo atuar desde ações educativas que envolvam
conhecimento sobre gestação, trabalho de parto, ensinamento sobre a anatomia do
assoalho pélvico, até o treinamento do assoalho pélvico, com a realização de
exercícios específicos prescritos e orientados por esse profissional, promovendo
fortalecimento, flexibilidade e controle dessa musculatura, ganhos que são essenciais
para as alterações que acontecem nessa musculatura durante o trabalho de parto.
Palavras-chave
Autoconhecimento, Assoalho Pélvico, Trabalho de Parto, Autonomia Feminina, Fisioterapia