Avaliação dos casos notificados de sífilis congênita no estado de Santa Catarina, entre 2007 e 2017
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Data
2018
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências da Saúde
Modalidade de acesso
Acesso embargado
Editora
Autores
Vescovi, Júlia Souza
Orientador
Schuelter-Trevisol, Fabiana
Coorientador
Resumo
Objectives: To estimate the incidence of congenital syphilis and describe the reported cases of the disease in the state of Santa Catarina between 2007 and 2017.
Methods: Observational study with retrospective cohort design, with secondary data from the Injury of Notification Information System (SINAN). Linear trend test and geoprocessing were performed to verify the behavior of the cases in the period.
Results: There were 2.898 reported cases of congenital syphilis in the period, with an average of 2.9 per 1,000 live births in the period. There was an exponential increase of 0.9 percentage points per year, considered statistically significant (p <0.001). There was no difference between the incidences of cases in the different regions of the State. The fatality rate was 8.5%, considering deaths from syphilis, miscarriages and stillbirths. The profile was predominant of white mothers, with low schooling and 11.8% did not perform prenatal care. For this reason, 26.9% of them had a diagnosis of syphilis at the time of delivery. Most of the pregnant women (51.9%) had inadequate pharmacological treatment and 65.1% of the partners were not treated.
Conclusions: There was an exponential increase tendency in cases of congenital syphilis in the State of Santa Catarina in the period studied in a generalized way, which reveals the failure in prenatal care, late diagnosis and inadequate treatment of the pregnant woman and her partner.
Objetivos: Estimar a incidência de sífilis congênita e descrever os casos notificados da doença no estado de Santa Catarina no período entre 2007 e 2017. Métodos: Estudo observacional com desenho de coorte retrospectiva, com dados secundários coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foi realizado o teste de tendência linear e o geoprocessamento para verificar o comportamento dos casos no período. Resultados: Houve 2.898 casos notificados de sífilis congênita no período, com média de 2,9 a cada 1.000 nascidos vivos no período. Houve crescimento exponencial de 0,9 pontos percentuais ao ano, sendo estatisticamente significativo (p<0,001). Não houve diferença entre a incidência de casos nas diferentes regiões do Estado. A taxa de letalidade foi de 8,5% considerando os óbitos por sífilis, abortos e natimortos. O perfil foi predominante de mães da raça branca, com baixa escolaridade e 11,8% não realizou pré-natal. Por esse motivo, 26,9% delas tiveram o diagnóstico de sífilis no momento do parto. A maioria das gestantes (51,9%) teve tratamento farmacológico inadequado e 65,1% dos parceiros não foram tratados. Conclusões: Houve tendência de aumento exponencial dos casos de sífilis congênita no Estado de Santa Catarina no período estudado de forma generalizada, o que revela a falha no pré-natal, diagnóstico tardio e tratamento inadequado da gestante e do seu parceiro.
Objetivos: Estimar a incidência de sífilis congênita e descrever os casos notificados da doença no estado de Santa Catarina no período entre 2007 e 2017. Métodos: Estudo observacional com desenho de coorte retrospectiva, com dados secundários coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foi realizado o teste de tendência linear e o geoprocessamento para verificar o comportamento dos casos no período. Resultados: Houve 2.898 casos notificados de sífilis congênita no período, com média de 2,9 a cada 1.000 nascidos vivos no período. Houve crescimento exponencial de 0,9 pontos percentuais ao ano, sendo estatisticamente significativo (p<0,001). Não houve diferença entre a incidência de casos nas diferentes regiões do Estado. A taxa de letalidade foi de 8,5% considerando os óbitos por sífilis, abortos e natimortos. O perfil foi predominante de mães da raça branca, com baixa escolaridade e 11,8% não realizou pré-natal. Por esse motivo, 26,9% delas tiveram o diagnóstico de sífilis no momento do parto. A maioria das gestantes (51,9%) teve tratamento farmacológico inadequado e 65,1% dos parceiros não foram tratados. Conclusões: Houve tendência de aumento exponencial dos casos de sífilis congênita no Estado de Santa Catarina no período estudado de forma generalizada, o que revela a falha no pré-natal, diagnóstico tardio e tratamento inadequado da gestante e do seu parceiro.
Palavras-chave
Sífilis congênita, Incidência, Gestantes, Doenças sexualmente transmissíveis, Saúde materno-infantil