Análise dos indicadores de qualidade dos exames citopatológicos do colo do útero realizado pelo SUS no BRASIL no ano de 2022
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Data
2023-12
Tipo de documento
Artigo Científico
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Área do conhecimento
Modalidade de acesso
Acesso fechado
Editora
Autores
PÊGO, Anna Clara Dias, Anna
OLIVEIRA, Maria Eduarda Flores de, Maria Eduarda
DOMINGUES, Priscila Rodrigues Tavares , Priscila
QUINTILIANO, Rodrigo Soares, Rodrigo
Orientador
TOBIAS, Alessandra Hermógenes Gomes
Coorientador
Resumo
Introdução: O exame citopatológico é utilizado para o rastreamento e diagnóstico precoce do câncer do colo do útero no Brasil. Para assegurar resultados confiáveis é importante manter o controle de qualidade, a fim de reduzir erros diagnósticos e melhorar a eficácia do diagnóstico das lesões precursoras desta neoplasia. Objetivo: Analisar os indicadores da qualidade dos exames citopatológicos do colo do útero realizados pelos laboratórios prestadores de serviço para o SUS de todos os estados do Brasil e o Distrito Federal durante o ano de 2022. Método: Foi realizada pesquisa na base de dados do Sistema de Informação do Câncer (SISCAN) para obtenção dos resultados citopatológicos do colo do útero de todos os estados do Brasil e do Distrito Federal durante o ano de 2022. Após a obtenção dos dados, os mesmos foram compilados em planilhas para posterior cálculo dos indicadores de qualidade: índice de positividade (IP), percentual de ASC entre os exames alterados e percentual de HSIL entre os exames satisfatórios. Resultados: Foram realizados 7.330.458 exames de citopatologia do colo do útero no ano de 2022 pelo SUS no Brasil, mostrando um IP de 3,2% a nível nacional, enquanto a região Norte apresentou um o IP de 4,2% e a região Sudeste apresentou uma IP de
2,8%, evidenciando o IP mais baixo dentre as regiões do país. Nacionalmente, nove estados obtiveram índices de positividade abaixo do esperado (<3%) e somente cinco estados apresentaram os três indicadores analisados dentro dos valores de referência recomendados: Amazonas, Pará, Tocantins, Paraná e Mato Grosso Do Sul. Apenas oito estados atingiram o percentual ideal para detecção de lesões de alto grau entre os exames satisfatórios, evidenciando dificuldade no diagnóstico da lesão considerada como verdadeira precursora do câncer do colo do útero. Conclusão: Os dados apresentados neste estudo revelam um cenário
complexo e variado no que diz respeito à detecção de lesões cervicais em exames citopatológicos do colo do útero em diferentes estados brasileiros, ressaltando a necessidade de investimento no monitoramento da qualidade dos laboratórios de citopatologia a fim de garantir que os padrões recomendados pelo Ministério da Saúde sejam praticados.
Palavras-chave
exame citopatológico, Papanicolau, controle de qualidade, laboratórios