Repercussões da síndrome de burnout no contexto familiar
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Data
2023-12
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Humanas
Modalidade de acesso
Acesso embargado
Editora
Autores
RIBEIRO, Manoela Maris
SCHEIDT, Elisabete
SOARES, Eliana Amorim
Orientador
MALISKA, Maurício Eugênio
Coorientador
Resumo
Em 2019 a Síndrome de Burnout, que é o resultado do estresse crônico no trabalho não administrado com sucesso, foi inclusa na Classificação Internacional de Doenças – CID 11. Em 2020, cerca de um terço da população brasileira já havia sido diagnosticada com a doença. Além das repercussões na saúde do sujeito, o excesso de trabalho também incide sobre o contexto familiar, inclusive quando o trabalhador adoece em decorrência da sua atividade laboral. Este estudo teve como objetivo compreender as repercussões da Síndrome de Burnout no contexto familiar. A pesquisa foi realizada através da metodologia de estudo de caso múltiplo, com entrevista semiestruturada com três participantes entre 18 e 65 anos que foram diagnosticados com a Síndrome de Burnout há pelo menos dois anos, e que moravam com a família no período do acometimento. Foi possível observar rompimentos de vínculos familiares em decorrência da doença, ideações e comportamentos suicidas do membro acometido, impactando as relações familiares, bem como a busca por espiritualidade e acompanhamento com profissionais de saúde mental, sendo essas, estratégias de enfrentamento do sujeito e seus familiares. Além disso, a importância do acolhimento e apoio familiar se destacaram como aspectos positivos no tratamento dessas pessoas. É possível concluir que podem ocorrer mudanças profundas nas relações familiares quando um dos membros da família é acometido pela Síndrome de Burnout. E ainda, pesquisas com amostras maiores e outros recortes socioeconômicos devem ser realizadas acerca desse tema para uma compreensão mais ampla do assunto.
Palavras-chave
família, síndrome de burnout, saúde mental, trabalho