Psicologia
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Navegando Psicologia por Autor "Arreguy, Marina"
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Monografia Acesso aberto Sensibilização dos profissionais da área da saúde no atendimento à mulher em situações de perda gestacional e neonatal(2023-06-23) Camarati, Isabella; Brazil, Keila; Ferreira, Marileide; Arreguy, MarinaNo Brasil, a perda gestacional, bem como a neonatal, representa um grave problema de saúde pública. Foram desenvolvidas políticas e implantados planos de ação com vistas a “promover a atenção qualificada e humanizada – obstétrica e neonatal, incluindo a assistência ao abortamento em condições seguras, para mulheres e adolescentes” (BRASIL, 2014, p. 6). Tais aspectos estão na base da falta de sensibilização no tratamento dispensado pelos profissionais de saúde às mulheres que lhes chegam em situação de perda gestacional e neonatal, trazendo prejuízos consideráveis ao propósito de uma prestação de serviços de saúde de fato universal, integral e igualitária. Tratar de atenção sensível às mulheres em perda gestacional ou neonatal, especificamente, é, sobretudo, tratar de uma abordagem ética norteada pela igualdade, liberdade e dignidade da pessoa humana, não se permitindo discriminações ou restrições de acesso ao sistema de assistência à saúde. É tratar da saúde da mulher como um todo, de forma holística, integral e totalizante, não apenas focado na sua saúde física, mas também preocupado com os aspectos emocionais, psicológicos e sociais de sua vida. A mulher ao acessar o serviço de saúde chega com queixas de natureza física ou fisiológica, mas adjacente a isso estão os sentimentos, muitas vezes, calados. Sentimentos de medo, frustração, perda, culpa pela impossibilidade de levar uma gestação a termo. O objetivo do presente projeto é propor um plano de capacitação que contribua com a sensibilização dos profissionais da área da saúde para uma assistência humanizada às mulheres em situação de luto por perda gestacional. Como forma de viabilizar a proposta pretende-se fazer uso das metodologias participativas, aquelas que permitem a atuação efetiva dos participantes no processo de intervenção, sem que sejam meros receptadores nos quais apenas se depositam conhecimentos e informações. Dessa forma, primeiramente, para sensibilizar os profissionais da área da saúde, será utilizada a metodologia das rodas de conversa. Isto porque, a roda de conversa incentiva à participação e a reflexão, buscando construir condições para um diálogo entre os participantes, através de uma postura de escuta e circulação da palavra bem como com o uso de técnicas de dinamização de grupo. Além das rodas de conversa, pretende-se, ainda, ofertar uma cartilha para os profissionais da área da saúde. Isto porque a cartilha tem um viés educativo, ilustrativo e reflexivo sobre uma questão central. Os encontros semanais terão lista de presença para monitoramento da frequência dos participantes do grupo para que possamos avaliar sua adesão e comprometimento. Ao final de cada roda de conversa será dada aos participantes a oportunidade de falar das percepções obtidas sobre o tema abordado e sua relevância para o que o objetivo seja alcançado. Como pontuado, é uma atuação que requer um olhar holístico, abrangente, integral, universal, sem qualquer tipo de discriminação, que, embora de reconhecida necessidade e importância, ainda carece de melhor implantação e efetividade, trazendo em seu bojo uma melhoria na capacitação dos profissionais de saúde.